Na sua conta na rede social Twitter, Donald Trump reafirmou que autorizou um advogado da Casa Branca a cooperar com as investigações, pois “nada tem a esconder”.

“Estudem o falecido Joseph McCarthy, porque vivemos um tempo com [o procurador especial Robert] Mueller e o seu gangue que torna Joseph McCarthy um novato”, escreveu Trump.

Na década de 1950, em pleno contexto da Guerra Fria, numa iniciativa do senador do Estado do Wisconsin, Joseph McCarthy, foi encetada uma campanha governamental visando todos os norte-americanos que supostamente fossem comunistas ou tivessem simpatias pelo regime soviético de Moscovo, que foi denominada de “caça às bruxas”.

Altamente controversa esta campanha, o senador eleito foi mais tarde desacreditado, escreve a agência noticiosa France Presse.

Segundo a agência, estas mensagens de Donald Trump não escondem o clima de irritação surgido depois de uma notícia publicada no jornal The New York Times, segundo a qual Don McGahn, um advogado da Casa Branca, “cooperou bastante” com a investigação liderada pela equipa do procurador especial Robert Mueller sobre supostas ligações entre a equipa da campanha presidencial do Partido Republicano e a Rússia.

“Também autorizei todos os outros a testemunharem — e não tinha de o fazer”, escreveu Trump.

“Não tenho nada a esconder e exigi transparência para que a abominável e truculenta caça às bruxas possa ter fim”, acrescentou.