“Durante a sessão de hoje da cimeira da NATO, o Presidente sugeriu que os países não só cumpram o compromisso de destinar 2% do seu PIB a gastos com Defesa, mas que o elevem a 4%”, indicou aos jornalistas em Bruxelas a porta-voz da Casa Branca.

Sarah Huckabee Sanders recordou que Donald Trump já tinha feito a mesma proposta na cimeira da NATO do ano passado.

Os chefes de Estado e de Governo da Aliança Atlântica comprometeram-se na cimeira do País de Gales de 2014 a canalizar 2% do seu PIB para despesas em Defesa no prazo de uma década, um compromisso que se converteu na principal exigência do Presidente norte-americano aos restantes membros da NATO.

Segundo os dados divulgados na terça-feira pela Aliança Atlântica, apenas quatro países, além dos Estados Unidos – Grécia, Estónia, Reino Unido e Letónia – já atingem a “meta” dos 2%.

De acordo com o mesmo relatório, este ano só oito dos 29 países Aliados cumprirão esse objetivo, prevendo-se que até 2024 o número se eleve a 15.

O primeiro-ministro português António Costa apresentou hoje “um quadro anualizado” que especifica que Portugal vai consagrar 1,66% do Produto Interno Bruto (PIB) a despesas em Defesa até 2024.

Todavia, de acordo com o primeiro-ministro português, o investimento pode atingir os 1,98% do PIB se o país conseguir obter os fundos comunitários a que se irá candidatar no âmbito do próximo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia para o período 2021-2027, nomeadamente através do Horizonte Europa e do Fundo Europeu de Defesa.

De acordo com os dados publicados na terça-feira – para 2017 e 2018 trata-se ainda de estimativas -, Portugal destinou no ano passado 2.398 milhões de euros a despesas em Defesa, o que equivale a 1,24% do seu PIB, devendo este ano aumentar para 2.728 milhões de euros, o equivalente a 1,36% da riqueza nacional.