Sem acesso às redes sociais depois de ser acusado de divulgar notícias falsas e de estimular o ataque ao Capitólio a 6 de janeiro, Trump fez dois importantes discursos públicos desde que deixou Washington há cinco meses.
No entanto, o ambiente rígido das salas de eventos alugadas pelos republicanos nunca chegou perto da atmosfera superexcitada dos seus famosos comícios ao ar livre.
Em Wellington, perto de Cleveland, o ex-presidente vai subir ao palanque por volta das 19:00 (00:00 em Lisboa). Alguns dos seus seguidores estão acampados há vários dias no local.
Bonés de Trump, camisas e bandeiras com a sua imagem: a pequena cidade parece-se com todos os lugares visitados pelo magnata durante as suas duas campanhas presidenciais, em 2016 e 2020.
O ex-presidente retomou e alterou o seu famoso slogan: "Make America great again, again!" ("Fazer a América grande de novo, de novo!".
O republicano, de 75 anos, não reconheceu a vitória do democrata Joe Biden, repetindo as suas alegações de suposta fraude eleitoral, apesar da rejeição das suas denúncias nos tribunais, inclusive por juízes que ele mesmo nomeou.
Trump deverá repetir as acusações infundadas neste sábado e voltar a criticar o início de mandato de Biden.
O comício será organizado em apoio a um ex-assessor de Trump, Max Miller, que enfrenta um republicano com cadeira na Câmara de Representantes, Anthony González.
Este último, que representa Ohio, foi um dos 10 republicanos da Câmara - de um total de 211 - que votou a favor da destituição de Trump durante o seu julgamento político por "estímulo à insurreição".
Acusado de ter estimulado os seus apoiantes a invadir o Capitólio, onde os congressistas estavam reunidos para certificar a vitória de Joe Biden, o ex-presidente terminou absolvido em fevereiro no Senado, então controlado pelos republicanos.
Desde então, Trump promete fazer o possível para que os seus poucos críticos republicanos não sejam reeleitos.
Expulso das principais redes sociais, Twitter e Facebook, após o ataque ao Capitólio, o ex-presidente continua a ser muito influente entre os republicanos, apesar do silêncio forçado, e prometeu desempenhar um papel importante no apoio aos candidatos pró-Trump nas eleições intercalares de novembro de 2022.
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