“Há alguns países no seio da NATO que querem que a guerra na Ucrânia continue. Eles pensam que, se a guerra continuar, a Rússia ficará enfraquecida. A situação na Ucrânia pouco importa para eles”, disse o ministro, numa entrevista à CNN turca.

Çavusoglu lamentou o sucesso até agora limitado das tentativas de mediação turcas, ao reunir os ministros dos Negócios Estrangeiros ucraniano e russo.

“Esperávamos que saísse algo da reunião em Antalya. Foi uma reunião importante para ambas as partes. Após as conversações em Istambul, a nossa esperança aumentou, mas quando chegaram as imagens do massacre [em Bucha], afastaram-se do acordo de Istambul. Por agora ainda estão a negociar”, disse Çavusoglu.

O ministro afirmou, contudo, que os presidentes russo e ucraniano “podem encontrar-se a qualquer momento”.

“Uma reunião de líderes está a ser discutida à mesa de negociações. Se ocorrer, pode ser em Istambul ou Antalya”, adiantou.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU — a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).