Os 'tweets' em causa serão precedidos de uma mensagem explicando que vão contra as regras da rede social, mas serão difundidos na mesma "no interesse do grande público", explicou o Twitter numa publicação de blogue.

"Participar no debate público inclui fornecer a possibilidade a cada um de falar de assuntos que lhe interessam, isso pode ser particularmente importante quando se trata de responsáveis governamentais e políticos", justificou a tecnológica sediada em São Francisco.

A rede social argumenta que "em razão da sua posição, esses responsáveis têm uma influência enorme e dizem por vezes coisas que podem ser consideradas controversas ou convidam ao debate e à discussão".

"Há certos casos onde é do interesse do público ter acesso a certos 'tweets', mesmo quando contrariam as nossas regras", argumentou a rede social.

Em alguns "casos muito raros", o Twitter colocará "um aviso, um ecrã sobre o qual será preciso clicar antes de ver o tuíte, a fim de dar contexto e clareza".

Para além do aviso, o Twitter prevê oferecer menos visibilidade às publicações que violem as regras, tal como já acontece com conteúdos de caráter sensível.

A nova regra aplicar-se-á aos responsáveis governamentais, aos eleitos e aos candidatos a uma eleição ou a um cargo governamental que tenham mais de 100 mil seguidores, e será necessário que a conta esteja certificada pelo Twitter.

Estas medidas entrarão em vigor a partir de hoje mas não a afetarão publicações anteriores, e são implementadas numa altura em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que poderá ser afetado pela medida, acusa a rede social de o censurar.

"Eles impedem as pessoas de me seguir no Twitter, e eu tenho muito mais dificuldades para passar a minha mensagem", disse o presidente norte-americano à televisão Fox Business.