A plataforma NAZOVNI é um portal eletrónico de diplomacia económica com “o objetivo de intensificar a internacionalização da economia” ucraniana, destacou hoje a Associação Comercial do Porto, em comunicado, sobre o mecanismo desenvolvido pelo Governo da Ucrânia, país que enfrenta desde fevereiro de 2022 uma invasão da Rússia.
“O portal permite, entre várias funcionalidades, a apresentação das empresas, o contacto com parceiros internacionais e a identificação e divulgação de oportunidades de negócio”, pode ler-se.
O protocolo foi formalizado entre a Associação Comercial do Porto e o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, representado pela embaixadora em Portugal, Maryna Mykhailenko.
A plataforma tem também um sentido bidirecional, oferecendo às “PME e investidores portugueses a possibilidade de se registarem na aplicação como entidades importadoras, definirem os setores de atividade com os quais desejam cooperar e explorarem novas parcerias comerciais”.
“Na qualidade de parceira deste projeto, a Associação Comercial do Porto irá divulgar oportunidades de negócio inscritas na plataforma eletrónica, especialmente dirigidas às empresas portuguesas. Além disso, atuará como intermediária dos contactos com as entidades diplomáticas oficiais e irá acolher sessões de formação e esclarecimento para acesso ao mercado comercial ucraniano”, referiu ainda a associação.
Entre os objetivos celebrados no protocolo estão “o fortalecimento das relações bilaterais de comércio e negócio, o aconselhamento e a partilha de informação entre os participantes ou o estímulo à presença em feiras, missões e conferências empresariais”.
Esta parceria procura também “a transferência tecnológica entre Portugal e Ucrânia e a proteção da propriedade industrial nos dois países”.
“Ultrapassar o contexto difícil que atravessa o país do Leste Europeu é um propósito central deste acordo, designadamente através do restabelecimento da atividade económica em territórios afetados pela guerra, privilegiando negócios de base tecnológica”, sublinhou ainda a associação.
Para Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, “apoiar a Ucrânia neste momento particular é, antes de mais, uma obrigação moral para uma instituição que se rege por valores democráticos e liberais”.
“É fundamental que os países ocidentais e as suas empresas contribuam ativamente na reconstrução da economia ucraniana, fazendo negócios, explorando as muitas oportunidades que existem e emprestando competências, experiência e conhecimento técnico. É uma responsabilidade, mas é também uma oportunidade económica a considerar”, vincou Nuno Botelho.
O líder da Associação Comercial do Porto garantiu que o organismo está “disponível para apoiar todos os empresários e investidores da região que quiserem participar neste projeto”, apelando à participação das empresas da região do Porto e Norte.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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