O ataque "provavelmente ocorreu a 15 de março, quando um tanque disparou contra o prédio em que se localizava a sede da Caritas em Mariupol, matando dois funcionários e cinco dos seus familiares", disse a Caritas Internationalis em um comunicado.

Especializada na assistência aos pobres e refugiados, a organização informou que "ainda não tem elementos suficientes para determinar o que aconteceu", mas acredita que, "provavelmente, os funcionários da Caritas e as suas famílias refugiaram-se naquele centro durante um bombardeamento".

O portal de notícias da Santa Sé, Vatican News, disse que o ataque foi lançado de um tanque russo, citando “fontes locais da Caritas não identificadas”.

"A família Caritas está horrorizada e abalada com esta notícia dramática", lamentou o secretário-geral da Caritas Internationalis, Aloysius John, que lançou um apelo à "comunidade internacional" para "fazer todos os possíveis para parar rapidamente este massacre".

As forças russas continuam a fechar o cerco a Mariupol, uma estratégica cidade portuária, que foi em grande parte destruída e tem uma situação humanitária dramática.

Num tweet, o conselheiro presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak disse que "dezenas de milhares" de pessoas morreram na cidade, e "90% das casas" foram destruídas.

A conquista de Mariupol, que tinha uma população de cerca de 500.000 habitantes, permitiria aos russos consolidar as suas conquistas territoriais na faixa costeira do Mar de Azov, unindo, assim, as regiões de Donbass com a península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014 .

Segundo as autoridades pró-Rússia, as perdas civis foram de cerca de 5.000 pessoas, com "60%-70%" das casas destruídas.