Escreve a Reuters esta segunda-feira que, segundo informações das autoridades ucranianas, a Rússia estendeu o ataque iniciado esta segunda-feira a infraestruturas críticas se estendeu ao segundo dia do ano, com um "ataque massivo" durante a madrugada em Kiev e áreas em torno da capital do país.

As forças aéreas ucranianas afirmam que os seus sistemas antiaéreos destruíram 39 drones Shahed, de fabrico iraniano, utilizados pelas forças russas no ataque levado a cabo a noite passada.

Segundo Vitali Klitschko, mayor de Kiev, os ataques que têm lugar desde a viragem do ano cortaram a energia e o aquecimento na cidade.

Segundo um balanço ontem divulgado pelo exército ucraniano, os bombardeamentos russos nas horas anteriores e posteriores à passagem do ano deixaram pelo menos quatro mortos e 50 feridos.

Estes bombardeamentos aconteceram na capital do país, Kiev, e noutras sete regiões da Ucrânia, conforme as últimas informações divulgadas pelas autoridades locais e regionais.

Três pessoas morreram, entre elas uma jovem de 22 anos, na cidade de Khmelnitski, no oeste do país. A quarta vítima perdeu a vida após um bombardeamento russo na região de Zaporizhia, no sul do país, segundo as autoridades ucranianas.

Entre os 50 feridos, há dois adolescentes, de 13 e 12 anos, que vivem numa localidade próxima da cidade de Kherson, no sul, recuperada pelas tropas ucranianas em novembro. No centro de Kiev, um míssil atingiu a fachada de um hotel.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os ataques realizados contra a Ucrânia no último dia do ano tinham como alvo as instalações do complexo militar industrial do país vizinho e armazéns de ‘drones’ de assalto.

“Em 31 de dezembro, as Forças Armadas russas atacaram com armas de longo alcance e de longa precisão alvos aéreos do complexo industrial militar ucraniano envolvido na produção de ‘drones’ de assalto utilizados para levar a cabo ataques terroristas contra a Federação Russa”, afirmaram os militares, citados pela Efe.

De acordo com o porta-voz da Defesa, Igor Konashenkov, os mísseis “atingiram armazéns e sistemas de lançamento de ‘drones’ de assalto”, pelo que “o objetivo do ataque foi alcançado”. “Os planos do regime de Kiev para levar a cabo ataques terroristas contra a Rússia num futuro próximo fracassaram”, acrescentou o responsável.

A ofensiva militar russa na Ucrânia foi lançada em 24 de fevereiro e foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

De acordo com a ONU, a invasão e consequente guerra já causaram a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, dos quais mais de metade para outros países europeus, sendo que há quase 18 milhões de ucranianos a precisar de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de apoio para comer e ter alojamento.

*Com Lusa

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