No final de uma reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), em Estocolmo, na Suécia, Helena Carreiras anunciou que “houve um acordo geral sobre o plano” apresentado pelo alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.
O acordo é apenas político, uma vez que a sua aprovação definitiva está dependente da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União, em 20 de março, e da ratificação no Conselho Europeu de 25 e 26 de março.
O plano, explicou a ministra da Defesa Nacional, incluiu protocolos para a aquisição conjunta de munições de grande calibre e a utilização do 'stock' que está disponível no imediato.
“Os Estados podem ser ressarcidos desse apoio [de entrega de munições que tenham em 'stock'] com base nas verbas do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz”, acrescentou.
Pelo caminhou ficou a pretensão anunciada durante a manhã de hoje pelo ministro da Defesa da Estónia, Hanno Pevkur, de um pacote de 4.000 milhões de euros para a aquisição e produção de 100 milhões de munições. A reivindicação foi acompanhada pelo ministro da Defesa ucraniano, convidado para esta reunião, que disse querer uma distribuição na ordem das “90.000 a 100.000 munições por mês”.
“Neste momento o que decidimos foi como utilizar os recursos, os fundos, que temos, mais do que pensar em ampliar ou tomar decisões que só mais tarde poderemos, eventualmente, tomar”, sustentou Helena Carreiras.
“Para já não falámos de dinheiro fresco”, completou, recorrendo à mesma expressão que o homólogo da Estónia utilizou durante a manhã.
A compra de armamento conjunta espelha a de vacinas durante o período mais crítico da pandemia, “com uma diferença muito importante”: “Para as vacinas foi preciso fazer investigação, criar as vacinas, e aqui já temos identificado o produto, não é preciso investigar, é preciso agir.”
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