“O PCP deplora o explícito empenho do Governo português neste novo alargamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e na escalada da confrontação, uma clara expressão de submissão aos interesses dos Estados Unidos da América (EUA)”, sustentou o PCP num comunicado.
O partido advoga que desde a integração de Portugal na NATO, em julho de 1949, a aliança foi utilizada para “dar suporte à ditadura fascista” e fez “soar ameaças à jovem democracia portuguesa” durante o 25 de Abril.
“O anunciado alargamento da NATO à Finlândia e à Suécia não só não traz segurança, como representa um sério agravamento da tensão na Europa e no plano internacional”, acrescenta o PCP.
A concretizar-se, a adesão de Helsínquia e Estocolmo representará um “salto qualitativo” na presença do “bloco político-militar junto às fronteiras da Federação Russa, um dos fatores que está na origem do agravamento da situação na Europa e da atual guerra na Ucrânia”, garantem os comunistas.
O PCP considera que a adesão dos dois países nórdicos à Organização do Tratado do Atlântico Norte é feita de uma maneira “precipitada e evitando que os povos desses países se possam pronunciar sobre uma decisão com tão inquietantes consequências para os próprios” e para os restantes países europeus.
O partido acusa também a NATO de promover “forças hostis” contra a Rússia, “incluindo forças abertamente fascistas que idolatram colaboracionistas com os nazis durante a II Guerra Mundial”.
A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, anunciou hoje que o país vai candidatar-se à adesão à NATO, colocando fim a uma política de neutralidade com 200 anos. No domingo, o Presidente finlandês, Sauli Niinistö, anunciou a intenção do país de aderir a esta aliança.
Estocolmo e Helsínquia já tinham anunciado a intenção de aderir à NATO, na sequência da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro, que aumentou os receios destes países sobre uma possível intenção de Moscovo de expandir a ofensiva militar para outros países.
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