Segundo os militares ucranianos, o exército russo utilizou um total de 20 veículos aéreos não tripulados (UAV) e lançou vários ataques com mísseis contra cerca de 20 localidades, sobretudo na região de Donetsk.

Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporiyia foram anexadas pela Rússia na sequência de referendos não reconhecidos pela comunidade internacional. No entanto, os combates não cessaram nestes locais, onde as tropas ucranianas afirmam estar a avançar.

O estado-maior general ucraniano acusou as tropas russas de violarem as normas do direito humanitário e as leis e costumes da guerra ao atacarem continuamente infraestruturas críticas e lares civis, relata a Ukrinform.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.