“A indústria da defesa europeia aumentou a capacidade de produção em 40%. Até ao final do próximo mês vamos entregar mais de meio milhão de munições de artilharia. E mais de um milhão até ao final do ano”, anunciou Ursula von der Leyen, durante um debate sobre dois anos de invasão da Rússia à Ucrânia, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França).
Em março de 2023, a UE prometeu que ia entregar até março deste ano um milhão de munições de grande calibre, especificamente de 155 milímetros, mas até novembro do ano passado tinha conseguido pouco mais de 300.000 munições, entre aquisição conjunta e reforço da produção.No início de janeiro, vários governantes admitiram a impossibilidade de cumprir a promessa até março, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho.
A invasão à Ucrânia começou há praticamente dois anos, com a anexação de uma grande porção do território ucraniano.
Os militares da Ucrânia conseguiram repelir inicialmente as tropas de Moscovo, mas no último ano o conflito degenerou para uma guerra de atrito, com um evidente desgaste da comunidade internacional, particularmente dos Estados Unidos, exacerbado pela eclosão de um conflito no Médio Oriente.
A capacidade de armazenamento de munições dos países da UE também diminuiu, pela necessidade de fazer com que a Ucrânia tenha capacidade para combater continuamente, enquanto Moscovo está a encontrar outras maneiras de comprar equipamento militar, nomeadamente ao Irão e Coreia do Norte.
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