"Desafiámos a CTP a ir além dos 600 euros para o salário mínimo e o presidente da confederação, Francisco Calheiros, admitiu analisar a hipótese desde que o Governo lhes desse um sinal, uma contrapartida", disse o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, à agência Lusa, no final de uma reunião com a CTP.
Tendo em conta o elevado crescimento verificado no setor do turismo, Carlos Silva aproveitou o encontro para desafiar ainda a confederação do turismo a "combater a elevada precariedade", transformando os contratos a prazo em contratos permanentes.
Também aqui a CTP fez depender a sua posição de eventuais contrapartidas para o setor.
"Se o Governo não reduzir o IRC, a CTP pretende então que não sejam aumentadas as tributações autónomas e nós concordamos que o Governo devia tirar esta proposta do Orçamento do Estado, para reduzir a carga fiscal das empresas, e vamos dar conta disso aos partidos representados na Assembleia da República", disse Carlos silva.
No encontro de hoje as duas confederações abordaram também a sustentabilidade da Segurança Social e concordaram que está na altura de abolir o fator de sustentabilidade que penaliza as reformas antecipadas.
"Como existe uma grande confusão em relação a esta matéria vamos pedir ao ministro do Trabalho que esclareça devidamente a questão na próxima reunião de concertação social", afirmou o líder da UGT.
No encontro o presidente da CTP, Francisco Calheiros, manifestou ainda à UGT a preocupação da confederação relativamente ao novo aeroporto do Montijo e aos atrasos na sua abertura, que considerou serem prejudiciais para o desenvolvimento da economia.
"A CTP quer uma decisão rápida e nós daremos conta disso aos partidos com que nos reunirmos", disse Carlos Silva.
Comentários