“Em termos humanos, também aquilo que tínhamos previsto para esta fase está concluído, os processos estão concluídos e iremos continuar a contratar médicos, enfermeiros, técnicos auxiliares de saúde e assistentes técnicos, mas até ao final do ano não temos nenhuma preocupação mas, portanto, o planeamento está a ser executado sem qualquer contratempo”, disse hoje o presidente da ULS de Santa Maria Carlos Martins, em entrevista à agência Lusa.
O responsável que assumiu funções em 01 de fevereiro, substituindo no cargo Ana Paula Martins, atual ministra da Saúde, falava sobre o início da atividade do novo Serviço de Urgência de Ginecologia e de Obstetrícia para grávidas até 22 semanas de gestação em 01 de agosto.
De acordo com Carlos Martins, até ao final de 2024 estão previstas 70 contratações.
“Em termos de final deste ano, já contratámos cinco médicos, estamos nos procedimentos para contratar mais cinco, ou seja, no total queremos reforçar com 10 médicos o departamento de Obstetrícia e Ginecologia. Esta parte da urgência, da nova urgência, da nova maternidade são muito importantes para toda a atividade. Teremos até ao final do ano 25 enfermeiros especialistas contratados, 17 técnicos auxiliares de saúde e sete assistentes técnicos”, salientou.
O departamento de Obstetrícia e Ginecologia tem cerca de três centenas de profissionais, segundo Carlos Martins.
O presidente da ULS de Santa Maria adiantou ainda que, até ao verão do próximo ano, está planeado contratar mais 50 profissionais de saúde.
“Com isto podemos entrar no que consideramos a velocidade cruzeiro, ou seja, estamos preparados para 3.000 partos”, sublinhou.
O investimento global de seis milhões de euros permitiu remodelar a urgência de Obstetrícia e Ginecologia e construir 12 salas, dois blocos operatórios e uma sala de observações na nova maternidade, num total de cerca de 1.000 metros quadrados de área nova a ser construída.
“Do ponto de vista objetivo, investimos seis milhões de euros em obra, equipamento e mobiliário. Temos programado no nosso plano de ação, em termos de capital humano, um investimento de quatro milhões de euros anuais. E não podemos esquecer que tivemos parados um ano, e não houve receitas – uma média de 2,5 milhões de euros por mês – que são 30 milhões de euros. Portanto, 36 milhões de euros mais quatro são 40 milhões de euros em investimentos socioeconómicos em instituição, que o Serviço Nacional de Saúde e os contribuintes fizeram”, explicou.
Carlos Martins disse que “agora só tem de correr” por “respeito ao erário público” e às “mulheres grávidas e às parturientes”.
Também foi remodelado e ampliado o internamento de puérperas, no piso 5 do Hospital Santa Maria, remodeladas as instalações para a ecografia obstétrica, que passará a funcionar na área do atual bloco de partos, localizado no piso 6, e o Serviço de Neonatologia alargado.
"Está tudo a correr conforme o planeado, dentro dos prazos. A parte da obra construção civil terminou na última semana de junho, conforme o previsto. Já estamos com o equipamento instalado e estamos a instalar o equipamento e o mobiliário que ainda está em falta", acrescentou.
João Moura Lacerda da agência Lusa.
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