A prova foi emocionante e manteve o campeão em aberto até ao fim, conhecido após uma última volta de loucos. A grande incógnita era sobre a estratégia da Mercedes e de Lewis Hamilton sobre a troca de pneus por oposição à rival Red Bull e do piloto Max Verstappen.

Lewis e Verstappen chegaram à 22.ª prova empatados, com 369,5 pontos, sendo que Verstappen tinha vantagem no confronto direto (nove vitórias, contra as oito de Hamilton). Partiu na frente para a corrida, depois de ter conquistado a ‘pole’, no sábado, e chegou na frente quando cortou a reta na última volta à pista.

Para o holandês, estava em jogo o primeiro triunfo da sua carreira, enquanto para Lewis Hamilton se tratava de arrebatar um inédito oitavo título mundial de pilotos, deixando para trás os sete conquistados pelo alemão Michael Schumacher.

Conquistado o título, Max Verstappen mostrou-se quase sem palavras. "Durante toda a corrida continuei a lutar. Não sei o que dizer. É incrível. É insano. Este ano foi incrível. Finalmente um pouco de sorte para mim", frisou o piloto.

Verstappen deixou ainda uma palavra de agradecimento ao companheiro de equipa, o mexicano Sergio Perez, pelo trabalho realizado ao longo da corrida. "Fez um trabalho incrível e é um grande companheiro de equipa", sublinhou.

O novo campeão mundial exultou com o trabalho da escuderia Red Bull, mostrando-se disponível para continuar por largos anos. "A minha equipa sabe que os adoro e que podemos continuar a fazer isto por mais dez ou 15 anos. Não há razões para mudar", disse, já depois de um cordial abraço de Lewis Hamilton.

Por sua vez, o britânico deu os parabéns "a Max e à sua equipa" e enalteceu a recuperação feita pela Mercedes na segunda metade do campeonato. "Fizemos um trabalho incrível este ano. Todo este ano foi o mais difícil. Demos tudo. Esta última parte da época demos tudo, nunca desistimos", destacou.

Embora sagrado campeão, ainda houve um entrave durante algumas horas: a Mercedes apresentou um protesto por quebra de dois artigos dos regulamentos da Federação Internacional do Automóvel (FIA), entregue nos 30 minutos após a prova ter terminado.

"A Mercedes protestou ‘contra a classificação estabelecida no final da Competição’, relativamente a duas alegadas quebras dos Artigos 48.8 e 48.12 do Regulamento Desportivo da FIA", confirmou a F1.

O episódio que suscitou o protesto aconteceu a cinco voltas do fim quando Nicholas Latifi se despistou e o safety car teve de entrar em pista.

Contudo, a FIA rejeitou-o e, assim, Max Verstappen é oficialmente campeão. Para o holandês, é caso para dizer que o "pouco de sorte" se transformou em sorte total — e tudo está bem quando acaba bem.