Sabia que faltam 150 dias para acabar o ano? Sim, o tempo passa a correr, mas, como diz o ditado, cada coisa a seu tempo: a única contagem decrescente que interessa agora é para um dia de calor e banhos de sol. Amanhã, as máximas vão bater nos 36 graus (em Castelo Branco) e os termómetros não descem abaixo dos 13. Dentro de água a previsão é de uns sólidos 16 graus. É verão. Tardou a chegar, mas está aí.

E se todos temos queda para banhos de sol e dias de papo para o ar, há outras que marcaram a história recente e que vale recordar:

No dia 3 de agosto de 2014, o Banco de Portugal anunciou o fim do Banco Espírito Santo. A par de um plano de capitalização de 4.900 milhões de euros, decidiu-se pela separação dos ativos tóxicos dos restantes. O 'banco bom' foi então batizado de Novo Banco. Passaram cinco anos, mas o tema está longe de se dar por resolvido. No primeiro semestre deste ano o Novo Banco agravou os prejuízos em 88,5% para 400,1 milhões de euros. Já os credores do BES ficaram a saber que têm um mês para impugnarem a lista de créditos reconhecidos.

Se recuarmos um pouco mais, 51 anos para ser específica, uma outra queda: Estávamos em 1968 e Oliveira Salazar caiu de uma cadeira, no Forte de Santo António do Estoril. Seis anos depois seria a ditadura a cair.

Agora que já tem tópicos de conversa para "fazer o bonito" num copo de fim de tarde, deixo-lhe duas sugestões de leitura para este fim de semana, recupero dois temas que precisam de tempo para ser digeridos.

Começo pelo texto de Margarida Alpuim que, depois de explicar o polémico caso Team Strada, procurou dar aos pais uma "carta de marear" — porque navegar online em segurança não tem de ser um bicho de sete cabeças, nem para miúdos nem para graúdos.

Depois, destaque para o artigo de opinião de Pedro Neto, da Amnistia Internacional, que nos lembra que uma mentira repetida mil vezes não se transforma em verdade.

Resta-me desejar-lhe um bom sábado e, claro, boas leituras.

Hoje o dia foi assim por Inês F. Alves.