O comunicado enviado hoje explica que a proposta surgiu no âmbito de um concurso público internacional onde participaram mais de 120 países do congresso 'International Network UNESCO Chair in Bioethics', que se realizou em novembro, em Israel.
Ao longo dos últimos dois anos, a proposta foi "intensamente debatida em Portugal" através de um Ciclo de Conferências cujo tema era a "Igualdade de Género: Um desafio para a Década".
Citado no comunicado, o professor catedrático, médico e especialista em Bioética Rui Nunes explica que a equipa vai “apresentar formalmente a proposta à Diretora Geral da UNESCO” para que venha a ser adotada pela Assembleia Geral, acrescentado que esta é de "enorme aplicação em países onde os valores da justiça e da igualdade de oportunidades estão menos difundidos".
O projeto, composto por uma equipa de especialistas portugueses e estrangeiros, teve por base um inquérito realizado a nível internacional que avaliou questões relacionadas com o planeamento familiar, a autonomia reprodutiva, a igualdade no mundo laboral, a violência de género e as condições para uma participação equilibrada de ambos os géneros na atividade política.
Rui Nunes, o atual coordenador mundial do Departamento de Investigação da Cátedra de Bioética na UNESCO, afirma que o reconhecimento desta proposta vai permitir "alimentar o sonho da aprovação pela UNESCO de uma Declaração Universal sobre a Igualdade de Género".
"Estou convicto que a chancela da UNESCO será determinante para que os países adotem com maior rapidez legislação que verdadeiramente promova a igualdade de direitos entre o homem e a mulher", aponta o professor catedrático que foi o principal impulsionador da criação do Testamento Vital em Portugal.
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