Numa alusão a Marrocos e à entrada de milhares de pessoas na região autónoma espanhola de Ceuta, no norte de África, Schinas disse que a Europa “não será vítima das táticas” de Rabat.
Hoje, a situação na fronteira entre Ceuta e Marrocos é aparentemente mais calma com apenas algumas dezenas de pessoas a tentar chegar a nado ao lado espanhol da fronteira, ao contrário do que aconteceu nos dias anteriores.
No total, nos últimos dias, entraram em Ceuta mais de oito mil pessoas provenientes de Marrocos, metade das quais foram reconduzidas para território marroquino, de acordo com o governo espanhol.
A delegação do governo de Espanha em Ceuta confirmou à Efe que a noite “foi relativamente tranquila”.
Hoje, alguns migrantes tentaram chegar a nado a Ceuta e um grupo usou uma embarcação tendo sido intercetados pelas três lanchas da Guardia Civil espanhola que patrulham a zona no Estreito de Gibraltar.
Após terem sido recolhidos no mar, as embarcações da Guardia Civil levaram os migrantes até à praia onde foram acompanhados até ao lado marroquino da fronteira.
Na praia, junto aos agentes da Guardia Civil continuam as unidades militares de Espanha.
Ceuta e Melilla, as únicas fronteiras terrestres da União Europeia com África, são regularmente palco de tentativas de entrada de migrantes, mas a maré humana de segunda-feira não tem precedentes.
Embora Rabat seja um aliado fundamental de Madrid na luta contra a imigração ilegal, as relações diplomáticas entre os dois países deterioraram-se desde que Espanha recebeu, no final de abril, o líder dos separatistas saarauís da Frente Polisário, Brahim Gali, para ser tratado devido à covid-19, uma decisão que despertou a ira de Rabat.
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