Uma dupla explosão ocorreu hoje perto da mesquita Saheb al-Zaman, onde se encontra o túmulo do general Qassem Soleimani, morto em janeiro de 2020 num ataque de um drone norte-americano no Iraque.
Uma multidão compacta de representantes do regime e de pessoas anónimas tinha-se reunido no local para uma cerimónia comemorativa, segundo relatou a AFP. As autoridades iranianas contabilizaram também pelo menos 141 feridos.
Em comunicado, o Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) da UE “condenou da maneira mais veemente” o ataque e expressou a sua solidariedade para com a população iraniana.
“Este ato de terror provocou um número chocante de civis mortos e feridos. Os responsáveis têm de ser levados à justiça”, acrescentou o serviço diplomático do bloco europeu.
O ataque foi descrito como um ato terrorista por Rahman Jalali, vice-governador da província de Kerman, no sul do Irão. Não foi feita qualquer reivindicação imediata de responsabilidade.
O Irão decretou entretanto um dia de luto nacional na quinta-feira, noticiaram os meios de comunicação oficiais. Figura-chave do regime iraniano, Qassem Soleimani era também uma das figuras públicas mais populares do país.
Soleimani, comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária, foi o arquiteto das atividades militares regionais do Irão e é aclamado como um ícone entre os apoiantes da teocracia iraniana, segundo a agência norte-americana AP.
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