"Lisboa é hoje uma cidade moderna, aberta, cosmopolita, uma cidade que sofreu nos últimos anos um incrível processo de desenvolvimento. Mas o que este programa significa para a cidade de Lisboa é que estamos a marcar o primeiro elemento central para continuarmos a construção do futuro", afirmou Fernando Medina.
Falando na apresentação do Plano de Investimentos da Cidade de Lisboa 2016-2020, no Pátio da Galé, na capital portuguesa, o autarca reforçou que este é um "dia de confiança e de início da construção do futuro da cidade".
"O que está em causa é (…) acoplar a visão que temos para a cidade de Lisboa e os instrumentos financeiros para que lhe possamos dar corpo e concretizá-la", acrescentou o responsável.
Denominado LX XXI, o plano visa a modernização do parque escolar (com mais 37 escolas e sete creches) e de instalações culturais e de proteção civil, a melhoria do espaço público e dos espaços verdes (mais 26 jardins), a melhoria do parque de habitação social (com a construção de 400 fogos e intervenções em 26 bairros), a requalificação da rede viária (tendo em conta a municipalização da rodoviária Carris) e a preparação da cidade para as alterações climáticas (com a execução do Plano Geral de Drenagem).
Ao todo, os investimentos ascendem a 520 milhões de euros, sendo que metade deste valor é suportado por fundos próprios do município.
O resto será financiado pelo Banco Europeu de Investimento.
Na cerimónia foi assinado o contrato da primeira ‘tranche' de 100 milhões de euros de um total de 250 milhões ao abrigo do Plano de Investimento para a Europa.
Lisboa é o primeiro município da União Europeia a usufruir diretamente deste apoio.
Referindo que a "nova visão da cidade assenta em quatro pilares fundamentais", Fernando Medina precisou que o primeiro assenta no "crescimento, modernidade e inovação".
O programa “vai-nos permitir investimentos tão simbólicos, mas tão estruturantes, como o investimento em áreas urbanas para equipamentos de serviços e empresas e para projetos comuns de universidades e centros de investigação", apontou, falando ainda no apoio à criação do polo criativo e empreendedor na freguesia do Beato, que vai regenerar aquela zona.
Outro dos pilares é o de "cidade com mais qualidade de vida, devolvida às pessoas, mais humana, mais segura e mais confortável".
Isso significa, de acordo com o autarca socialista, "mais espaço público, menos automóveis, menos poluição e uma cidade mais protegida contra as intempéries, que não são um problema do futuro, [mas] uma realidade do presente".
Significa, também, "que a cidade seja capaz de ter o transporte público na espinha dorsal", área que será "o grande desafio da cidade na próxima década", indicou Fernando Medina.
Os restantes pilares centram-se em tornar Lisboa uma "cidade inclusiva para todos", reduzindo as desigualdades sociais através de políticas de habitação, e fomentar o conceito de "cidade aberta e multicultural" com o apoio ao empreendedorismo e à escola pública para as "dezenas de nacionalidades" que vivem no concelho, adiantou o responsável.
Presente na ocasião, o presidente do Banco Europeu de Investimento, Werner Hoyer, sublinhou que este investimento "vai, certamente, contribuir para tornar Lisboa ainda mais atrativa para o investimento".
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