O Kastelo fica agora com uma capacidade de 37 camas, 17 de cuidados pediátricos integrados e 20 de ambulatório pediátrico.
“Dada a elevada procura, a lista de espera e a especificidade da resposta da unidade Kastelo — Associação Nomeiodonada importa proceder ao aumento da capacidade instalada em sete lugares/camas na unidade de internamento e 10 lugares na unidade de ambulatório, mediante aditamento ao contrato-programa existente”, refere um despacho publicado em Diário da República a 19 de setembro.
A 24 de junho, aquando da comemoração do terceiro aniversário da instituição, a ministra da Saúde, Marta Temido, assumiu o compromisso de alargar o número de camas daquela que é a primeira unidade de cuidados continuados e paliativos para crianças na Península Ibérica.
“É esse o compromisso, mais camas em breve”, respondeu, na altura, a governante aos jornalistas.
Marta Temido disse levar do Kastelo uma “grande lição”, considerando que deveria haver mais Kastelos em Portugal porque é uma iniciativa com “muito potencial e necessária”.
Esta opinião foi partilhada pela presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, que, no seu discurso, pediu ao Governo para replicar este Kastelo noutros pontos do país, dada a sua importância para as crianças com doenças paliativas e famílias.
Desde a sua abertura, em 2016, a unidade de internamento acolheu 77 crianças e a de ambulatório 64.
Portadores de doenças paliativas, ou seja, doenças que não têm cura, estas crianças podem viver muito tempo e chegar à idade adulta embora com limitações graves, disse à Lusa a diretora do Kastelo, Teresa Fraga.
Na nota, a ARS Norte acrescenta que, até à data, em parceria com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, já disponibilizou 260 camas de convalescença, 869 de média duração e reabilitação, 1.623 de longa duração e manutenção, 25 de cuidados paliativos e 1.541 lugares de equipas de cuidados continuados integrados.
Já no âmbito da saúde mental, acrescenta, foram criados 55 lugares em unidade sócio-ocupacional, 14 em residência autónoma, 24 em residência de apoio máximo, sete em residência de treino de autonomia tipo A – infância e adolescência, 10 em unidade sócio-ocupacional infância e adolescência e oito visitas em equipa de apoio domiciliário.
“A capacidade total instalada é de 4.473, a que corresponde um encargo financeiro do Estado, anual, da ordem de 55 milhões de euros”, concluiu.
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