Em comunicado, a CUSA refere que os utentes da Extensão de Saúde de São Jacinto estão sem médico de família desde 01 de novembro, na sequência da passagem à situação de aposentação do médico que exercia atividade naquela extensão.
De acordo com o movimento, esta falha foi colmatada com uma médica em regime provisório que "apenas observa os doentes urgentes no dia, em número limitado, criando a desordem e a confusão na população", que se encontra separada do resto do concelho por um canal de navegação.
Em consequência disto, a Comissão de Utentes diz que "há doentes que ultrapassaram o limite de vigilância médica", temendo pelo agravamento do seu estado de saúde.
"Esta situação é um atentado não só à dignidade dos doentes, mas também à qualidade dos cuidados de saúde. A falta de médico de família e vigilância médica aumenta o risco de saúde, com consequências imprevisíveis, para além de provocar o agravamento dos custos inerentes aos cuidados de saúde", refere a mesma nota.
Os representantes dos utentes de saúde de Aveiro alegam que esta situação já se previa há meses e era conhecimento do diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga.
Contactado pela Lusa, o presidente da Junta de São Jacinto, António Aguiar, escusou-se a comentar o caso.
A Lusa tentou ainda obter uma reação da Administração Regional de Saúde do Centro mas até meio da manhã não tinha sido possível.
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