Num contacto telefónico com o presidente Masoud Pezeshkian, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, apelou para o diálogo para evitar uma escalada do “gravíssimo conflito em curso”.
Parolin manifestou a Pezeshkian “a séria preocupação da Santa Sé pelo que está a acontecer no Médio Oriente”, segundo um comunicado do Vaticano citado pela agência espanhola EFE.
Reiterou “a necessidade de evitar de qualquer modo o alastramento do gravíssimo conflito em curso e preferindo, ao invés, o diálogo, a negociação e a paz”, disse o Vaticano no comunicado.
O chefe da diplomacia do Vaticano felicitou ainda Pezeshkian pelo início do seu mandato, em 28 de julho, e abordou “questões de interesse comum”, acrescentou.
O Papa Francisco já fez vários apelos para evitar a escalada do conflito e para um cessar-fogo imediato em todas as frentes.
Numa das ocasiões, Francisco afirmou que “os ataques, incluindo os ataques seletivos, e os assassinatos nunca podem ser uma solução e não ajudam a percorrer o caminho da justiça e da paz e geram mais ódio e vingança”.
As tensões entre a República Islâmica do Irão e Israel aumentaram em 31 de julho, quando um atentado matou o antigo líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que estava de visita a Teerão.
A morte de Hanieh não foi reivindicada, mas o Irão declarou que tinha “o direito legal de punir” Israel por o atentado ter sido cometido no seu território.
Na mesma altura, um bombardeamento israelita em Beirute matou Fouad Chokr, o número dois do partido libanês Hezbollah, aliado do Irão.
Desde então, receia-se uma retaliação iraniana ou do Hezbollah contra Israel, que poderá alargar a guerra entre o exército israelita e o grupo extremista palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
O atual conflito em Gaza foi desencadeado por um ataque do Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.
Dez meses após o ataque, a ofensiva de retaliação de Israel fez quase 39.800 mortos na Faixa de Gaza.
A França, a Alemanha e o Reino Unido também apelaram hoje, numa declaração conjunta, para que o Irão e os seus aliados se abstenham de ataques que agravem ainda mais o conflito e comprometam os esforços para um cessar-fogo.
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