"Decidi trazer de volta todo o pessoal diplomático (...) e fechar a nossa embaixada e todos os nossos consulados nos Estados Unidos", assegurou Maduro, na abertura do ano judicial no Supremo Tribunal da Venezuela, no qual acusou Washington de impulsionar Guaidó num golpe de Estado em curso.

No mesmo discurso, o presidente venezuelano concordou, a pedido do México e do Uruguai, em encetar um diálogo entre o governo venezuelano e a oposição para procurar resolver a crise política do país.

Esta ação diplomática de Maduro junta-se ao aviso feito aos EUA de que a sua equipa diplomática tinha 72 horas para deixar o país.

Estas medidas surgem em resposta à decisão dos Estados Unidos da América de reconhecer a legitimidade de Juan Guaidó como presidente interino, tendo o país feito saber que  "todas as opções estão em cima da mesa" se Maduro responder com violência à autoproclamação do líder do parlamento.

Em resposta, Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, anunciou que vai manter a equipa diplomática na Venezuela e instou as Forças Armadas venezuelanas a protegerem os cidadãos norte-americanos.

Num comunicado dirigido ao Presidente Nicolás Maduro, Pompeo chamou ao atual líder venezuelano de "ex-presidente", apontou que o mesmo "não tem autoridade legal para romper relações com os EUA ou declarar de ‘personas não gratas’ os diplomatas norte-americanos".

Já Juan Guaidó, em comunicado, garantiu relações diplomáticas "com todos os países", contrariando a decisão de Nicolás Maduro de romper vínculos com Washington.

Os Estados Unidos pediram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para debater a crise na Venezuela, anunciou hoje a missão americana nas Nações Unidas. Solicitado para sábado, espera-se que o encontro conte com a presença de Mike Pompeo.

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