“O que se está a passar na Venezuela é um descalabro completo”, declarou o parlamentar social-democrata madeirense, no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira numa intervenção, no período de antes da ordem do dia.

Carlos Rodrigues salientou que os residentes na Venezuela sofrem “repressão” e “selvajaria” por serem contra um “Governo e um Presidente que já não é o que os venezuelanos querem”.

O deputado considerou que esta situação é provocada por “um grupo liderado por um facínora que se agarra ao poder por todos os meios”.

O problema vivido na Venezuela foi hoje suscitado na Assembleia da Madeira pelo parlamentar do CDS-PP/Madeira Roberto Rodrigues, que recordou que quarta-feira “foi um dia marcante para aquele povo que vive um momento difícil por uma governação ditatorial” defendido por “alguém que perdeu o rumo e leva o país para o abismo”.

Roberto Rodrigues sustentou que este é o momento de “ser solidário” com os venezuelanos e com os que residem naquele país pelas dificuldades que atravessam.

“É uma situação que deve ser censurada também nesta assembleia [da Madeira]”, disse, recordando que também existem presos políticos na Venezuela por delito de opinião.

A falta de alimentos, água e alimentos foi um dos aspetos referidos pelos deputados, tendo o líder parlamentar do CDS-PP/Madeira realçado que vive na Venezuela cerca de um milhão de portugueses e que os seus governantes “transformaram os seus recursos em quase miséria e um país em situação caótica”.

Roberto Rodrigues apelou à presença de todos numa “concentração a favor da paz na Venezuela” que está a ser organizada por um grupo de emigrantes hoje às 16:00 no Largo do Município, no Funchal.

Dezenas de milhares de venezuelanos saíram na quarta-feira para as ruas de algumas das principais cidades do país para protestar contra o que dizem ser uma rutura constitucional, e para pedirem o “fim da ditadura" e a realização de eleições livres.

Os manifestantes protestaram ainda por duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concedeu poderes especiais ao chefe de Estado, limitou a imunidade parlamentar e assumiu as funções do parlamento.

Fontes não oficiais dão conta de que pelo menos duas pessoas morreram durante as manifestações opositoras de quarta-feira, uma no Estado de Táchira e outra na capital.

As mesmas fontes adiantam que a Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) atacou os manifestantes com bombas de gás lacrimogéneo, quando marcharam pela autoestrada Francisco Fajardo, no leste de Caracas.

Mais de 400 manifestantes foram detidos pelas autoridades.

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