“Vou solicitar 500 milhões de dólares para trazer todos os migrantes que saíram da Venezuela e que queiram regressar. Todos querem regressar, porque lhes fizeram uma oferta falsa”, disse.

Nicolás Maduro falava em Caracas, num ato transmitido pela televisão estatal, durante o qual fez referência à recente nomeação do antigo vice-presidente da Guatemala, Eduardo Stein, como representante especial da ONU para os refugiados e migrantes venezuelanos.

“Eu convido-o a vir à Venezuela”, afirmou.

Por outro lado, o Presidente venezuelano explicou que o dinheiro será pedido através de Eduardo Stein e que será usado para pagar os aviões que vão trazer os venezuelanos de regresso à Venezuela.

“Necessitamos de uma frota de aviões para trazê-los, não os vou trazer a pé”, disse.

Maduro voltou a dizer que está a avaliar se existem condições de segurança para participar na próxima Assembleia-Geral da ONU, que decorre até 01 de outubro em Nova Iorque, e insistiu em denunciar que está a ser preparado um golpe de Estado contra o seu Governo.

“Têm-me na mira para me matar”, referiu.

Nicolás Maduro diz que está em curso uma conspiração para o derrubar, a partir dos EUA e da Colômbia, e alertou que há um general detrás de um plano de golpe de estado, desde a cidade norte-americana de Miami e desde a República Dominicana.

Dados recentes da ONU dão conta de que mais de 2,3 milhões de venezuelanos vivem atualmente no estrangeiro.

Em agosto, Nicolás Maduro ativou o programa “De Volta à Pátria”, para repatriar os venezuelanos que emigraram para outros países, fugindo da crise económica, social e política.

Segundo as autoridades venezuelanas, aproximadamente 3.000 pessoas já regressaram à Venezuela.