“O vento vai manter-se, as condições meteorológicas não nos vão facilitar muito a vida, por isso a noite não será amiga dos bombeiros”, disse à Lusa.
Num ponto de situação feito pouco depois das 18:00 aos jornalistas, o responsável referiu que o incêndio – que deflagrou no sábado em Monchique e foi dado como extinto no domingo, mas teve um reacendimento na quarta-feira e chegou ao município de Portimão - continua a lavrar com “muita intensidade”.
Segundo Vítor Vaz Pinto, o vento dificultou o trabalho dos meios aéreos que foram mobilizados para o local, uma zona com muito edificado disperso pela serra.
Ainda assim, não havia até àquela hora registo de primeiras habitações destruídas.
“É estranho que um incêndio que estava consolidado se tivesse reacendido de forma tão fulminante, mas caberá às autoridades investigarem”, referiu, quando questionado sobre a origem do fogo.
Para o combate foram mobilizados mais de 500 operacionais e, segundo a página da Proteção Civil na Internet, cerca de 200 viaturas e nove meios aéreos.
A presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, indicou que a maioria das pessoas que tiveram de abandonar as suas casas por prevenção está com familiares.
“Só temos quatro pessoas no posto de acolhimento, maioritariamente situações de mobilidade reduzida”, apontou, sublinhando que o município está preparado para acolher outros moradores que necessitem.
Três povoações do concelho de Portimão – Carriçal, Moinho da Rocha e Tabual – e o hotel Pestana junto ao Autódromo Internacional do Algarve tiveram de ser evacuados por precaução, face à intensidade do fumo, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.
De acordo com o CDOS, foram retiradas 28 pessoas das três localidades, mas não era conhecido o número de hóspedes e funcionários deslocados do hotel.
Isilda Gomes indicou que os hóspedes foram levados para outra unidade do grupo Pestana no concelho.
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