“Quer o Presidente da República, quer muitos dirigentes do PSD, têm contribuído para que haja um ambiente de ambiguidade, que é os portugueses não saberem, se houver eleições - se o Governo se desagregar por completo, como aparentemente está em curso - o que é que vai ser o futuro e que alternativa é que nós temos para oferecer”, afirmou André Ventura.

Falando aos jornalistas numa visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), Ventura considerou que o Chega e o PSD devem focar-se em construir “uma alternativa para oferecer” aos portugueses nas próximas eleições legislativas.

“Não é a alternativa que se calhar alguns gostariam, mas é a alternativa que existe” para um governo de direita, defendeu.

André Ventura considerou que “o Chega, o PSD e o Presidente da República têm uma especial responsabilidade de dizer que existe essa alternativa” e considerou que “isso não tem acontecido”.

O presidente do Chega pediu "alguma clareza" ao Presidente da República sobre "o que quer, o que vê como possível para uma alternativa de Governo".

“E espero é que o Presidente da República não aumente mais a fogueira porque eu acho que se há alguém interessado em que haja uma alternativa à direita é o próprio Presidente da República”, apelou.

Ventura defendeu que “era importante que a alternativa se começasse a desenhar neste momento” mas, “infelizmente, isso não acontece e o PS é quem ganha com isto”.

Assinalando que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o líder do PSD, Luís Montenegro, se cruzaram na BTL na quarta-feira, o presidente do Chega questionou se foi "uma mera coincidência".

André Ventura justificou a sua presença na BTL para "mostrar a importância que o turismo tem para a economia nacional".

Segundo o jornal Expresso, num jantar na segunda-feira, o Presidente da República, após ouvir um discurso de Passos Coelho, terá considerado que valia a pena fixar esse dia, uma vez que o ex-primeiro-ministro tinha falado no seu futuro político.

Na quarta-feira, questionado se Passos Coelho é uma “melhor alternativa” do que Luís Montenegro para liderar o PSD, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que “quem elege o líder de um partido são os militantes do partido, o Presidente não interfere na vida partidária”.

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