Viktor Orban “dá claramente o seu apoio ao político bávaro da corrente democrata-cristã do PPE, em vez de [Alexander Stubb] que pertence à ala liberal”, disse o chefe de gabinete do primeiro-ministro húngaro, Antal Rogan, à agência húngara MTI.
Manfred Weber, 46 anos, líder do grupo parlamentar do PPE no Parlamento Europeu, disputa a nomeação com o ex-primeiro-ministro finlandês Alexander Stubb, 50 anos.
Ambos são críticos de Viktor Orban, acusado de desrespeitar os valores europeus nomeadamente através de políticas que limitam a independência da justiça, a liberdade de expressão e os direitos dos migrantes.
Em setembro, Weber votou nomeadamente a favor de um procedimento excecional lançado pelos eurodeputados contra a Hungria por violação grave dos valores europeus, embora não tenha dado instruções de voto aos eurodeputados do seu grupo parlamentar, que se mostraram divididos.
O PPE, do qual fazem parte os portugueses PSD e CDS-PP, integra nomeadamente a CDU de Angela Merkel, que já deu o seu apoio à nomeação de Weber.
Na quarta-feira, o líder do PSD, Rui Rio, remeteu para a comissão política a decisão sobre qual será o candidato apoiado pelos sociais-democratas no congresso do PPE, em Helsínquia a 7 e 8 de novembro.
Após as eleições europeias, em maio próximo, cabe ao Conselho Europeu, compostos pelos chefes de Estado e de Governo dos membros da UE, designar um candidato à presidência da Comissão, o qual se submete depois a votação no Parlamento Europeu.
O Tratado de Lisboa determina que o resultado das eleições europeias seja tido em conta na escolha do presidente da Comissão, mas o Conselho não é legalmente obrigado a fazê-lo.
A escolha de candidatos pelos grupos políticos, os chamados “Spitzenkandidat” ocorreu pela primeira vez nas eleições europeias de 2014, em que Jean-Claude Juncker, candidato pelo PPE, sucedeu a José Manuel Durão Barroso.
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