A requalificação irá dar "uma nova vida à zona sul da cidade” e o projeto “integra a construção de três novos equipamentos desportivos e uma loja de retalho”, que tem prevista “a criação de 40 postos de trabalho”, destacou a Câmara algarvia num comunicado.
“A operação integra a construção de dois novos polidesportivos com bancadas e balneários (um semicoberto e outro descoberto) - que substituirão os atuais, atualmente em situação de degradação - bem como o arranjo paisagístico do local”, precisou o município, um dos 16 que integram o distrito de Faro.
A Câmara de Vila Real de Santo António referiu que, “ao mesmo tempo, será instalada neste espaço uma unidade comercial na área do retalho, colmatando a falta de equipamentos deste género naquela área” da cidade.
O investimento “ascende aos 2,3 milhões de euros e irá permitir a criação de 40 novos postos de trabalho diretos, assim como a contratação de mão-de-obra local durante a fase de construção”, sublinhou o município.
“Esta obra irá beneficiar não só a população, mas também todos os clubes, associações e atletas, que ganham novos espaços de treino e novas sedes com condições de excelência”, argumentou a presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, em defesa do projeto, citada no comunicado do município.
Outra “contrapartida à instalação da unidade comercial” será a construção de “um terceiro polidesportivo no final da concessão, a que se juntam outras contrapartidas que permitirão um encaixe financeiro ao município”, salientou o município.
A instalação de uma nova superfície comercial na zona sul da cidade, numa área até aqui tinha uma utilização relacionada com a atividade do complexo desportivo municipal, tem sido contestada pela oposição ao executivo municipal do PSD, que conta com quatro dos sete eleitos.
Tanto o PS, principal partido da oposição, com dois vereadores, como a CDU, que tem um eleito, consideram que a nova área comercial, a instalação de uma cadeia de supermercados, pode prejudicar o comércio local e vai ser construída numa zona que devia ser de uso exclusivo do complexo desportivo.
O projeto chegou a ser contestado por um grupo de cidadãos, liderado pelo candidato do PS à presidência da Câmara, António Murta, que viu o tribunal negar provimento a uma providência cautelar interposta para tentar travar o projeto, que prevê também a construção de uma nova unidade hoteleira na área do complexo desportivo.
O vereador da CDU, Álvaro Leal, também se manifestou publicamente contra o projeto, criticando o executivo do PSD por “ceder a interesses privados” uma área que estava destinada à atividade desportiva.
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