No discurso de apresentação do dispositivo de proteção e socorro da "Operação Fátima 2017" para a visita do papa Francisco ao santuário, que decorreu na Autoridade Nacional de Proteção Civil, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "quer o Governo - aqui representado - quer o Presidente da República, estão particularmente confiantes em mais uma intervenção desta autoridade".

"Eu terei oportunidade de acompanhá-la de perto, até porque tenciono estar em Fátima na noite de dia 11, portanto acompanharei de perto tudo o que se for passando do dia 11 para o dia 12, ao longo do dia 12, do dia 12 para o dia 13 e ao longo do dia 13. No caso do dia 12, como do dia 13, também lá estará o senhor primeiro-ministro", revelou.

De acordo com o Presidente da República, esta é uma "operação bem mais complexa do que se poderia imaginar".

"Há um planeamento atento, um diálogo constante com autarquias, uma confluência de instituições, duas dezenas de instituições que confluem no mesmo espaço e no mesmo período de tempo, numa intervenção complexa e que foi planeada, programada, hoje é apresentada e vai ser meticulosamente executada", detalhou.

Marcelo Rebelo de Sousa evidenciou que a visita do papa Francisco ao Santuário de Fátima, marcada para 12 e 13 de março, não é uma visita papal qualquer e "vai concitar uma atenção, um empenho quer de portugueses quer de estrangeiros".

Segundo o Presidente da República, "vários chefes de estado e vários membros de governos de outros países insistem em encontrar-se em Fátima", colocando problemas complementares de segurança uma vez que coincidirão visitas oficiais nos dias antes e depois.

"Não podemos ignorar a importância externa desta visita papal", apelou.

Marcelo Rebelo de Sousa deixou uma palavra de "reconhecimento por tudo o que é feito dia a dia ao serviço da comunidade" pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, deixando ainda "um estímulo e um incentivo" com a presença na cerimónia "para mostrar como acompanha, apoia e estimula" a intervenção na sociedade.

"Nós somos todos proteção civil porque nós somos todos Portugal. E na medida em que somos todos Portugal tudo aquilo que é importante para Portugal é importante para todos nós", enfatizou.

Marcelo Rebelo de Sousa explicou que este foi um dia dedicado à "Autoridade Nacional de Proteção Civil, que o mesmo é dizer dedicado aos portugueses", uma vez que de manhã se deslocou a Lamego, onde seis pessoas morreram e duas estão ainda desaparecidas na sequência de explosões ocorridas na terça-feira numa fábrica de pirotecnia em Avões.

O Presidente da República pediu desculpa pelo atraso na cerimónia de apresentação da "Operação Fátima 2017", que depois de ter sido cancelada de manhã devido a ida de Marcelo a Lamego, começou à tarde com duas horas de atraso em relação ao horário previsto.

O dispositivo especial de proteção e socorro para a visita do papa a Fátima, em maio, vai envolver 668 operacionais, podendo este número ser aumentado com mais 312, caso aconteça alguma situação de exceção, foi hoje anunciado.

[Notícia atualizada às 19h40]