Num encontro bilateral na Indonésia, à margem da cimeira do G20 (grupo das economias mais desenvolvidas e emergentes), Sánchez, como fizeram outros líderes nos últimos dias nas reuniões em Bali, “pediu para a China usar a sua influência para persuadir a Rússia a pôr fim à guerra”, lê-se num comunicado do Governo de Espanha, que não revela a resposta de Xi Jinping.

Segundo fontes da comitiva espanhola que está na Indonésia citadas pela agência de notícias EFE, o Presidente da República Popular da China reconheceu que tem uma boa relação com o líder da Rússia, Vladimir Putin, e destacou que são países vizinhos, mas afirmou que não deve ser sobrevalorizado o papel que Pequim pode ter nesta questão.

Assim, segundo as mesmas “fontes oficiais” citadas pela EFE, Xi Jinping sublinhou que a China não é um dos atores nesta guerra, iniciada com uma ofensiva militar russa no final de fevereiro, e não quer alimentar a tensão no conflito.

Xi defendeu, ainda assim, segundo as fontes da EFE, que as sanções à Rússia ou as ameaças com julgamentos internacionais não contribuem para alcançar uma solução.

No comunicado divulgado hoje, o Governo espanhol diz que Sánchez argumentou, perante Xi, que “a agressão da Rússia contra a Ucrânia é uma ameaça à paz e à estabilidade mundial que subverte os princípios de soberania e a integridade territorial que a China sempre defendeu”.

Segundo o mesmo comunicado, neste encontro, que decorreu em Bali, Sánchez e Xi abordaram também a presidência espanhola da União Europeia (UE), no segundo semestre de 2023.

“Sánchez destacou o desejo de seguir a impulsionar a cooperação entre a UE e a China em matéria comercial e de investimento”, lê-se no texto.

Sobre as relações bilaterais entre Espanha e China, que celebram 50 anos em 2023, o executivo espanhol destaca que passaram a ser classificadas como “associação estratégica integral” em 2018.

Em termos comerciais, a China é o segundo fornecedor e o oitavo cliente de Espanha.