Numa intervenção na Bundestag, segunda câmara do parlamento alemão, o canadiano disse que “o que tem acontecido é cada vez mais frustrante”.
“Depois da segunda parte do relatório [ser publicado], senti-me desencorajado, porque o Comité Olímpico Internacional [COI] e a Agência Mundial Antidopagem [AMA], bem como o desporto internacional, agiram de forma hesitante, na minha opinião”, considerou o investigador.
O atletismo russo está suspenso desde novembro de 2015, depois de o relatório McLaren ter revelado um sistema de dopagem alargado com apoio estatal.
Os atletas russos falharam os Jogos Olímpicos Rio2016, sendo que também não poderão apresentar-se nos Mundiais de agosto, em Londres.
A IAAF autoriza os atletas russos a competir a título individual caso sejam submetidos a controlos antidoping independentes, ainda que o processo tenha atraído ceticismo da comunidade desportiva internacional.
“Por vezes pergunto-me se haverá mesmo vontade de fazer reformas”, atirou McLaren.
A 13 de abril, o presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), Sebastien Coe, mostrou-se dececionado com os “escassos progressos” feitos pela Rússia na aplicação das medidas exigidas na luta antidoping.
O presidente da IAAF defendeu que não há nenhuma razão para que não tenham sido registados maiores progressos.
“A Federação russa não deve ter ilusões. Os critérios não vão mudar. Não fazemos política. Os critérios são claros”, garantiu.
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