“Falta-me veia goleadora? Depende de como se vê o futebol. Para mim, um avançado moderno não é apenas golos. Há que participar no jogo, abrir espaços para outros, fazer assistências. Falamos de futebol, não apenas de golos. Entendo as pessoas que criticam porque não marco muitos, mas o futebol são mais coisas”, justificou.
Benzema ficou em branco nos três jogos que disputou da Liga espanhola – um saiu lesionado, aos 28 minutos -, e Cristiano Ronaldo só se estreou na quarta-feira e ficou em ‘branco’, com o Real Madrid a seguir a sete pontos do FC Barcelona.
“O início não está a ser bom. Acontece com todas as grandes equipas, mas tenho confiança na minha equipa. Estamos bem e trabalhamos juntos. É apenas o início. Estamos sete pontos atrás, mas estamos juntos. O ano passado ganhámos muitos títulos e somos o Real Madrid. Vamos corrigir isso no próximo jogo”, confia.
Depois do 0-1 com o Bétis, quarta-feira, que marcou o regresso de Cristiano Ronaldo, o francês, que está lesionado, assume a sua quota-parte: “Há crítica e isso permite-nos estar a alto nível. Faz parte da minha vida. Estou aqui, sei como é. Neste clube há muitas criticas, mas tudo bem. Esperam mais de mim e eu vejo como posso fazer mais e tento melhorar. Estou cá para trabalhar”.
Desde que chegou a Madrid, em 2009, Benzema nunca esteve perto dos números do internacional português: “Claro que quero marcar mais. É importante para a equipa, mas também posso fazer mais coisas. Penso na equipa. Trabalho muito em frente à baliza para fazer mais golos, mas também é importante o passe, os movimentos e os espaços criados”.
Benzema admitiu estar “muito feliz” por prolongar o vínculo aos bicampeões da Europa, pelos quais já disputou 371 jogos oficiais, sendo o oitavo melhor goleador da história do clube.
“Quando olho para trás, o tempo passa rápido. É um orgulho a minha carreira no Real Madrid. Vou continuar a trabalhar para ganhar títulos. Estou no melhor clube do mundo e quero sempre conquistar títulos. Esforço-me muito diariamente”, frisou.
Com 29 anos, terminará o novo vínculo aos 33, pelo que o gaulês assume querer terminar a carreira no clube que lhe tem permitido uma carreira repleta de troféus nacionais e internacionais.
“Gosto do futebol da minha equipa. Claro que quero terminar a carreira aqui. Para mim, não há outro clube como o Real Madrid. Tenho de trabalhar muito para ficar cá. Este vai ser o meu último clube”, assegurou.
Antes de pendurar as chuteiras, deseja voltar à seleção francesa, embora admita que isso “não é uma obsessão”.
“É verdade que penso na seleção, mas resta-me trabalhar dia a dia. Acredito sempre que vou voltar, não tenho porque baixar os braços”, concluiu.
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