O Dongfeng de Charles Caudrelier passou para a frente por um breve período durante a noite, aproveitando uma posição interior, enquanto os dois barcos se encontram 700 milhas a leste da Argentina. Mas um ângulo melhor de vento devolveu vantagem ao Brunel, de Bouwe Bekking, e às 13:00 UTC o barco holandês estava de volta ao comando com uma pequena vantagem de 13 milhas.

O terceiro classificado, o AkzoNobel está apenas 70 milhas atrás, mantendo tudo em aberto na etapa de 7.600 milhas que teve início em Auckland.

Enquanto a 7ª etapa entra na sua terceira semana, os Mares do Sul revelaram-se implacáveis na transição do Oceano Antártico para o  Atlântico Sul, e atiraram o Vestas 11 Hour Racing para fora da etapa, e o MAPFRE e o Turn the Tide on Plastic, tiveram que desacelerar para lidar com as avarias.

A bordo do Brunel, a tripulação de Bekking espera que possam chegar à linha de chegada não apenas em primeiro lugar, mas inteiros. “Queríamos todos que a etapa acabasse já aqui, especialmente depois de ouvir o que aconteceu aos outros barcos", disse, Abby Ehler.

“Consertamos um pequeno problema no nosso leme, mas ainda há um longo caminho pela frente. Seria incrível ganhar esta etapa. Ainda não fizemos uma grande resultado nesta prova, por isso ganhar seria excepcional. Dedos cruzados, para que nada aconteça com o barco até ao final. ”

Precaução é o espírito que reina na frota enquanto as equipas exaustas apontam os seus Volvo Ocean 65s em direção a Itajaí, tentando encontrar um equilíbrio entre velocidade e segurança.

"Os velejadores mais experientes a bordo dizem para levar o barco com calma", disse Brad Farrand, do AkzoNobel.

“Por isso, temos andado com mais de cuidado para garantir que seremos bem-sucedidos. Estamos sempre a olhar para o mastro, certificando-nos de que não há muito movimento ou torsão. ”

Dois dias depois de ter parado perto do Cabo Horn durante 13 horas para reparar um rasgão na vela grande e no mastro danificado, os líderes da classificação geral, o MAPFRE, finalmente navegam com todas as velas.

Nas últimas 48 horas, a equipa de Xabi Fernández tinha sido forçada a navegar sem a vela grande, para que os arranjos colassem, mas a diminuição da intensidade do vento permitiu que içassem a vela grande,

"Tivemos muita sorte com a meteorologia, principalmente com a direção do vento, mas agora está a ficar mais leve, com isto esperamos poder navegar com a vela grande e mantê-la inteira", disse o proa do MAPFRE, Antonio "Neti" Cuervas-Mons. “Parece muito bom, eles fizeram um ótimo arranjo. A calha também parece bem. Agora temos que ser um pouco conservadores para garantir que não há muita tensão”.

Da mesma forma, o Turn the Tide on Plastic, tem que cuidar do seu mastro, e navega com um plano de velas reduzido desde que identificaram um problema com um dos vaus (uma peça horizontal que ajuda a suportar o mastro).

"Nós vamos tentar colocar o vau na posição certa, ou pelo menos alinhá-lo com os outros vaus daquele lado do mastro", disse Liz Wardley. "Olhando para os aspectos positivos - a bombordo poderemos usar as velas cheias, e poderemos navegar a estibordo com o plano de velas reduzido. Pelo menos podemos navegar até ao Brasil e vamos tentar ficar à frente do MAPFRE, que está cerca de 100 milhas atrás de nós”.

Após esta mensagem, a equipa relatou que conseguiu reparar a avaria e estão a navegar com a potência máxima.

Entretanto, o Vestas 11th Hour Racing está a estudar todas as opções logísticas para levar seu barco das Ilhas Falkland até Itajaí, a tempo de colocar um novo mastro e estarem prontos para o início da 8ª etapa.

O SHK / Scallywag continua a sua longa aproximação à costa chilena, após a trágica perda de John Fisher. Espera-se que cheguem a terra no início da próxima semana.

7ª etapa - Classificação geral - Domingo 1 de abril (Dia 15) - 13:00 UTC

1 - Team Brunel - distância até ao final - 885,97 milhas náuticas

2 - Dongfeng Race Team +8,68

3 - AkzoNobel +68,83

4- Turn the Tide on Plastic +178,71

5 - Mapfre +262,52

6 - Vestas/11th Hour Racing - sus

7 - Sun Hung Kai / Scallywag - sus