À saída do Estádio José de Alvalade, onde esteve reunido com a Comissão de Gestão liderada por Artur Torres Pereira ao final da manhã desta sexta-feira, o antigo presidente "leonino" argumentou aos jornalistas que a "justiça declarou ser ilícita o que significa que o Sporting nada pode fazer a não ser receber-nos como presidente do Sporting e como elementos do Conselho diretivo — presidente da SAD e do Sporting".

"Apresentámo-nos para retomar as nossas funções. Havendo resistência e oposição a isso, faremos o que a lei nos coloca ao nosso alcance. A nossa equipa de advogados e juristas tratará disso, evidentemente", afirmou Bruno de Carvalho, depois de ter estado cerca de três horas no Estádio José Alvalade, em Lisboa.

Bruno de Carvalho diz que o clube foi citado em 1 de agosto da decisão do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, decorrente uma providência cautelar por si interposta, um dia antes de ter sido decidida a sua suspensão de sócio por um ano, pela comissão de fiscalização.

"Desde o dia 1 de agosto, reforço, desde dia 1 de agosto que eles [Comissão de Gestão] sabem que o presidente da SAD se chama Bruno de Carvalho. E no dia 2 de agosto os seus comissários [de Marta Soares] inventaram a tal pretensa suspensão", disse.

Posteriormente acrescentou que devido à resistência da Comissão em lograr a sua posição, Bruno de Carvalho e os elementos do Conselho diretivo irão fazer tudo dentro das possibilidades legais para voltar à posição que ocupava antes da destituição de 23 de junho. "A nossa equipa de advogados e juristas tratará disso".

A "título de curiosidade", o ex-presidente do Sporting afirmou que Jaime Marta Soares, presidente da Assembleia da Mesa Geral, não tem a "ata feita quase dois meses depois".

Quanto às eleições, responde que seriam "impugnadas" mas que não "teria objeções" em concorrer porque depois deste período é "preciso refrescar o processo eleitoral e a regularidade do acto". A razão para tal deve-se ao facto de ser necessário "continuar a trabalhar para que não se instale o sinistro projeto em curso", justificou.

Eleito presidente do clube em março de 2013 e reconduzido em 2017, Bruno de Carvalho foi destituído do cargo na reunião magna de junho, com 71,36% dos votos, e posteriormente suspenso de sócio pela Comissão de Fiscalização, criada na sequência da demissão da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar.

Na sequência da decisão, foram convocadas eleições para os órgãos sociais do clube, para 8 de setembro, e Bruno de Carvalho viu a sua candidatura rejeitada pela Mesa da Assembleia Geral, com base no facto de o ex-presidente estar suspenso.

João Benedito, José Maria Ricciardi, Pedro Madeira Rodrigues, Frederico Varandas, Rui Jorge Rego, Dias Ferreira e Fernando Tavares Pereira são os candidatos cujas listas foram validadas.