Quando se poderia pensar que uma paragem tão prolongada como a que tivemos poderia afetar o rendimento do médio português, depois de tão rápida adaptação à Premier League, o regresso do futebol e do Manchester United à competição só veio provar que tal adaptação inicial não foi um acaso e que nada mudou. O futebol voltou e com ele voltou o génio de Bruno Fernandes.
‘O Homem do Leite’
Desde a sua chegada que o United não perde — e já lá vão 15 (!) partidas para todas as competições. Das 15, Fernandes jogou 13 para a Premier League e das 13, venceu por 7 (!) vezes o prémio de melhor em campo. Também desde a sua chegada que é o jogador com mais golos e assistências de forma combinada. Com 5 golos e 3 assistências torna-se claramente no jogador do momento na Premier League.
As estatísticas estão a começar a aparecer e o fator comum é sempre o mesmo: Bruno Fernandes. O português aparece sempre em destaque nas mesmas e é já o assunto preferido dos comentadores desportivos.
O efeito Bruno Fernandes é tal que desde a sua chegada o Manchester United estaria em primeiro na liga. Os números estão à vista. Maior número de golos marcados, menor número de golos sofridos, maior número de pontos.
As estatísticas estão a começar a aparecer e o fator comum é sempre o mesmo: Bruno Fernandes. O português aparece sempre em destaque nas mesmas e é já o assunto preferido dos comentadores desportivos.
O efeito Bruno Fernandes é tal que desde a sua chegada o Manchester United estaria em primeiro na liga. Os números estão à vista. Maior número de golos marcados, menor número de golos sofridos, maior número de pontos.
Uma equipa ainda em processo de renovação, em evolução constante e ainda com imensas incertezas, contudo, esta foi uma cartada que parece valer todas as 47 milhões de libras investidas (55 milhões de euros) pelo United no passado mês de janeiro.
Phil Neville comparou, após a vitória por 3-0 frente ao Brighton, o início de carreira de Bruno Fernandes ao serviço do United, ao de Wayne Rooney e Eric Cantona. Épocas em que o impacto de um jogador transformou a equipa de imediato.
Bruno Fernandes a segurar a estrutura
Até ao fim da Premier League ainda teremos tempo para perceber o porquê de muitas vezes despedir treinadores não ser a melhor das soluções. A permanência de Ole Gunnar Solskjær foi posta em causa na temporada transata e defendi aqui que não faria sentido trazer um treinador que trouxesse com ele a pressão de ganhar no imediato. Os clubes passam por fases: ou se investe de forma desmedida ou se constrói. E, ao construir, é preciso ter a pessoa certa no lugar certo.
Solskjær está a fazer o que lhe compete, a gerir a equipa da melhor maneira possível, numa fase delicada e a introduzir novos jogadores formados no United, com o ADN ofensivo que caracteriza a academia do clube. Daí ter proposto que a fase de transição, de aproximadamente três anos, fosse feita pelo treinador norueguês. Com um temperamento calmo e uma ligação histórica ao clube e à academia, Solskjær foi, é e será o treinador certo para reconstruir o United. Após esse mesmo trabalho estar garantido e o United ter uma equipa para lutar pelo título, aí sim poder-lhe-á ser dada uma oportunidade com um prazo de validade mais curto, em que deverá ser julgado pelos resultados obtidos.
Para já, quer conquiste o quarto lugar e o acesso à Liga dos Campeões, ou não, Solskjær deverá ser intocável. O trabalho do United para voltar ao topo do futebol inglês e do futebol europeu está a ser sustentado em contratações como as de Bruno Fernandes, em combinação com o aproveitamento da formação e um treinador que perceba esse processo, são a solução o problema/objetivo em causa.
A corrida pelo quarto lugar
Na semana passada apontámos ao facto de o Wolves poder descansar, não entrando na corrida pelas meias-finais da Taça da Liga que se disputou durante a semana, ao contrário do Chelsea e United, e que, na sequência de ter mais tempo para descansar, poderia lançar um ataque derradeiro a uma oportunidade de lutar pela quarta posição do campeonato que dará acesso à Liga dos Campeões. E assim foi.
Com um jogo difícil a contar para a Taça, as forças parecem ter faltado ao Chelsea de Frank Lampard. Mesmo tendo apenas repetido cinco jogadores no onze inicial, os repetidos foram peças-chaves, incluindo Kanté e o trio de ataque Willian, Abraham e Pulisic.
Resultado, uma derrota por 3-2 num dos mais tradicionais dérbis londrinos frente ao West Ham e também o abrir das portas a Manchester United e Wolves que, com 52 pontos cada, estão apenas a dois pontos do Chelsea. Um pequeno deslize e o Chelsea encontrar-se-á em apuros.
Também mencionado na semana passada: a antevisão da última jornada que poderá ter proporções épicas, pois o United visita o Leicester e o Chelsea vai receber o Wolves. Ou seja, três equipas na corrida pelo acesso à Liga dos Campeões — sendo muito provável que cheguemos à trigésima oitava jornada com algo ainda por decidir.
Esta semana na Premier League
Se na semana que passou só o West Ham, dos clubes a lutar pela permanência, conseguiu alcançar pontos, e logo três, esta semana também o West Ham poderá, em teoria, repetir a graça e distanciar-se, de vez, do grupo na cauda da tabela.
No que toca ao topo da tabela, o Wolves é aquele com a tarefa, à partida, mais complicada, e para onde o nosso destaque da semana irá. Ainda assim, e conhecendo o percurso e nível exibicional da equipa de Nuno Espírito Santo, principalmente frente a clubes dispostos a jogar ao ataque, como é o caso do Arsenal, equipa que irá visitar os Wolves no sábado, dia 4, pelas 17h30.
Prevê-se assim uma boa semana para os três clubes a lutar pelo quarto lugar da tabela e a continuação de uma luta renhida entre os mesmos.
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