Estes números foram apresentados pelo presidente da ‘Premier’, Richard Masters, em carta dirigida ao departamento para o desporto, cultura digital e meios de comunicação do governo britânico.

Na nota, Richard Masters assegura que caso não exista solução para as grandes perdas, que muitas empresas e equipas estão na contingência de encerrar, daí a defesa de um ‘lay off’ em que o estado pague 80% do salário dos trabalhadores.

“As medidas anunciadas pelo governo destinam-se a toda a economia, incluindo empresas destinadas a providenciar entretenimento ou que dependam do talento de elite”, justificou Masters, para a inclusão dos clubes.

Declarações que não foram bem recebidas por Julian Knight, deputado do governo para a área do desporto, que pediu à ‘Premier League’ para não defender o indefensável, referindo que é motivo para rir que os clubes “usem com moderação” as ajudas do governo.

Nos últimos dias, a Liga sugeriu cortes de 30% nos salários dos futebolistas, uma proposta rejeitada pelo Sindicato dos Jogadores (PFA), referindo que a medida agravaria as finanças do estado, que encaixaria menos receita fiscal.

Alguns clubes, como o Tottenham ou Newcastle, recorreram aos mecanismos legais de ajuda do estado para pagar salários a funcionários, que não jogadores, medida que o Liverpool também disse que ia usar, mas que depois recuou na intenção.

Os alertas de Richard Masters estão em consonância com as ideias do presidente da Federação inglesa de futebol, Greg Clarke, que já veio dizer que a atual situação poderá levar à falência de muitos clubes, caso a situação se prolongue no tempo.

A Liga inglesa, à semelhança de outros em todo o mundo, parou a competição devido à crise sanitária existente com a pandemia do novo coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 80 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 735 mil infetados e mais de 57 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.127 óbitos em 135.586 casos confirmados até terça-feira.