Depois de seis pessoas terem tido diagnóstico positivo no quarto piso do hotel onde estão as equipas, todas as pessoas nesse piso ficarão confinadas àquele espaço, onde estão as duas formações francesas e a equipa russa.

Todos estarão “em quarentena até 14 de março, o mais tardar”, e continuarão a ser testados para garantir boa saúde, enquanto os infetados “foram levados para o hospital”.

A UCI explica ainda que vai continuar em contactos com as autoridades daquele país para garantir “as melhores condições possíveis” e material de treino, e agradeceu “a paciência nesta situação difícil e a contribuição na luta contra a proliferação do coronavírus” aos elementos das equipas retidos.

Na segunda-feira, vários ciclistas retidos no hotel queixaram-se do sentimento de “frustração” e da incapacidade de treinar e competir, bem como da falta de informação disponível.

Segundo o australiano Nathan Haas (Cofidis), todos estão “em forma e saudáveis”, além de acompanhados pelos médicos das equipas, ainda que a calma que se tem sentido comece a dar lugar a “pessoas a perder a cabeça”, por falta de paciência.

O diretor da equipa francesa, Roberto Damiani, admitiu estar preparado para fazer greve de fome até a equipa ser libertada, enquanto Arnaud Démare, corredor da Groupama-FDJ, usou as redes sociais para partilhar a frustração com a situação.

“Estamos aqui à espera nos quartos, vimos muito ciclismo na televisão no fim de semana. (...) Fiz algum trabalho de pesos, para compensar a falta da bicicleta, e tenho visto Netflix em bloco. Todos sabem o mesmo que nós”, confessou.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, já provocou mais de 2.000 contágios e 79 mortes em Itália e cerca de 3.200 mortos em todo o mundo, tendo infetado mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.

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