Joaquim Baltazar Pinto assinalou que a decisão de expulsar Bruno de Carvalho e o antigo vice-presidente Alexandre Godinho, além de outras sanções impostas a membros dos anteriores órgãos sociais, “nada tem a ver” com a atual direção do clube lisboeta, presidida por Frederico Varandas, salientando a independência do CFD.
“Todos os visados tiveram os direitos de defesa. Todos tiveram direito a tudo o que apresentaram” durante a instrução, disse Baltazar Pinto, em declarações à Sporting TV, assinalando que aquela fase do processo foi realizada por um instrutor externo, “um grande jurista, muito competente”.
Baltazar Pinto explicou que distribuiu pelos restantes membros do órgão fiscal e disciplinar ‘leonino’ as conclusões da instrução - nas quais foram propostas “as penas consideradas justas” -, que tiveram uma semana para as analisar, antes da reunião de terça-feira, cujas decisões foram hoje anunciadas.
“Todos concordaram em manter as penas que o instrutor tinha proposto e foram essas as penas que foram aplicadas”, disse o presidente do CFD do Sporting, lembrando que o processo teve início em 2018, tendo sido instaurado pela Comissão de Fiscalização.
Bruno de Carvalho, que já foi notificado da decisão, da qual pode recorrer para a Assembleia Geral (AG), com efeito suspensivo e devolutivo, presidiu ao clube ‘leonino’ entre 2013 e 2018, altura em que foi destituído do cargo, em AG, realizada em 23 de junho de 2018.
O Sporting informou que Bruno de Carvalho, cuja presidência ficou marcada pelas agressões a jogadores da equipa de futebol e técnicos na Academia do clube, em Alcochete, no fim da época 2017/18, cometeu infrações disciplinares graves, relacionadas com as contas do clube, publicações nas redes sociais e "obstaculização" da AG de destituição.
Além de Bruno de Carvalho, de 47 anos, foi também punido com a sanção de expulsão de sócio o antigo vice-presidente Alexandre Godinho, devido a 10 infrações disciplinares.
Da direção liderada por Bruno de Carvalho, foram ainda aplicadas ainda penas de suspensão por nove meses a Carlos Vieira (seis infrações), seis meses a Luís Gestas (quatro) e repreensão registada a Rui Caeiro (duas), tendo ainda sido decidido o arquivamento dos autos referentes a Luís Roque e José Quintela.
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