Posicionada hierarquicamente abaixo da Liga Europa, a nova competição foi hoje aprovada em Dublin, pelo comité executivo da UEFA.

Apelidada para já de "Europa League II (Liga Europa II)", a nova competição vai ter um formato semelhante à Liga dos Campeões e à Liga Europa, começando com oito grupos de quatro equipas, a que se seguem uma fase de 16 avos, quartos de final, meias-finais e final.

Contudo, uma fase extra será implementada: uma ronda a eliminar será jogada entre as equipas que terminaram em segundo lugar dos seus grupos com as equipas que ficaram em terceiro lugar no seu grupo na Liga Europa e que caíram para esta competição.

A UEFA prevê que esta competição vá ter tantos jogos como a Liga Europa: 141, ao longo de 15 semanas, sendo que os seus jogos também vão ser disputados à quinta feira. O vencedor, para além de obter um troféu, classifica-se automaticamente para participar na Liga Europa no ano seguinte.

A UEFA pretende que as finais das três competições de clubes sejam jogadas na mesmo semana, devendo a da nova competição ser disputada na quarta-feira, a da Liga Europa na quinta, e a da Liga dos Campeões no sábado.

Com o formato competitivo e a lista de acessos definida, fica por definir ao longo de 2019 o nome, o coeficiente de pontos em relação à UEFA, o sistema de distribuição de receitas e a estratégia comercial, acrescenta o comunicado.

De acordo com o documento, a reforma implica também diminuir de 48 para 32 o número de equipas participantes na Liga Europa, sendo que não haverá alterações à Liga dos Campeões.

Esta iniciativa surge numa fase em que os rumores quanto a uma "Superliga Europeia" se avolumam, destinada apenas aos clubes mais bem sucedidos da Europa. Contudo, esta "Liga Europa II" parece apontar no sentido inverso, de alargar as competições europeias a clubes e a associações futebolísticas de menor poder.

Para Aleksander Čeferin, presidente da organização, a nova competição "faz com que as competições de clubes da UEFA sejam mais inclusivas do que nunca". Ressalvando que esta iniciativa surgiu do diálogo com vários clubes através da Associação de Clubes Europeia, Čeferin promete que "vão haver mais jogos para mais clubes, com mais associações representadas nas fases de grupos".

“Há uma crescente procura por todos os clubes de possibilidades de poderem jogar com mais regularidade nas competições europeias. Isto foi conseguido através de uma abordagem estratégica, em conjunto com o objetivo da UEFA de ter tanto mais qualidade como mais inclusividade nas nossas competições de clube”, disse.