“Estou muito feliz por voltar a estar numa segunda ronda de um torneio ATP em Portugal. Comecei um bocadinho nervoso e as condições não ajudaram a entrar muito no jogo, mas apesar do começo acho que joguei bastante bem. Estive muito consistente durante todo o encontro, o único jogo em que joguei pior foi quando sofri o ‘break’”, analisou o número dois nacional.
Elias, que venceu o 68.º jogador mundial por 6-4, 3-6 e 6-3, fez um balanço “muito positivo” do seu triunfo na primeira ronda, considerando que mereceu ganhar, porque jogou melhor que Jaziri.
“No segundo ‘set’, tive oportunidades em todos os jogos deles e não os aproveitei, porque ele jogou muito bem esses pontos”, salientou, indicando que aquilo que fez a diferença foi o facto de ter procurado os pontos e ter sido mais agressivo em ‘court’.
O 107.º jogador mundial confessou que o ambiente no seu encontro foi fantástico.
“Praticamente, havia lugares vazios e o público esteve bastante bem. Na parte final do terceiro ‘set’, estava uma atmosfera incrível. Sinceramente, desfrutei muito do momento e, para além disso, ganhei 20 pontinhos. Foi um dia espetacular de ténis em Portugal”, acrescentou.
O número dois português assumiu que esta foi a sua primeira grande vitória da temporada, mas garantiu estar tranquilo quanto à ausência de resultados.
“Os jogos que perdi este ano foram 95% muito renhidos e resolvidos no terceiro ‘set’. Talvez ajude um bocadinho a confiança ganhar aqui em Portugal”, reconheceu.
Elias vai agora concentrar-se na segunda ronda do torneio, fase em que irá encontrar o vencedor do encontro entre o campeão em título, o espanhol Nicolas Almagro, e o francês Benoît Paire, o oitavo cabeça de série.
“Vai ser muito complicado, com qualquer um dos dois. Um é cabeça de série, o outro já foi ‘top-10’ mundial e é um jogador muito perigoso, com muitas armas. O Paire é mais imprevisível, o que pode ser bom ou mau. Mas vou confiante para a segunda ronda. Se jogar um ténis como o de hoje tenho hipótese. Até acho que posso jogar um bocadinho melhor, porque a primeira ronda é sempre mais difícil, porque temos de nos adaptar às condições, ao estádio. Agora vou confiante e acredito na vitória”, assegurou.
O tenista da Lourinhã disse ainda não sentir qualquer pressão por estar a jogar em Portugal, até porque não podia estar a fazer um melhor trabalho.
“Tenho uma equipa técnica fantástica. Tenho um dos melhores treinadores do mundo. Nunca treinei tanto nem tão bem na minha vida”, concluiu.
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