No Estádio Nacional, em Oeiras, um autogolo de André Horta (53 minutos) e um tento de Otávio (81) decidiram a final da 83.ª edição da prova, que os ‘dragões’ já tinham vencido por duas ocasiões nas últimas três épocas, ambas sob orientação de Sérgio Conceição.
O FC Porto encerrou a época com três troféus, na sequência da 23.ª Supertaça Cândido de Oliveira e de uma inédita Taça da Liga, e chegou às 84 conquistas do Benfica, que se isolara temporariamente há uma semana, ao alcançar o 38.º cetro de campeão nacional.
Nesta contagem ‘cega’, que põe no mesmo patamar uma prova internacional e uma taça interna, a luta é a dois, já que o Sporting, que até tinha juntado a revalidação da Taça da Liga à vitória na Supertaça em 2021/22, está num distante terceiro posto, com 54 êxitos.
O FC Porto colocou-se no final da última época a dois troféus do Benfica, ao arrebatar o seu 30.º campeonato, com um recorde de 91 pontos, e a 18.ª Taça de Portugal, com um triunfo na final sobre o Tondela, então recém-despromovido à II Liga, por 3-1, no Jamor.
A nona ‘dobradinha’ do clube materializou-se em maio de 2022 e daria origem ao sétimo ‘triplete’ dois meses depois, na abertura da nova temporada, com nova vitória da equipa comandada por Sérgio Conceição diante dos ‘beirões’ na Supertaça, por 3-0, em Aveiro.
Os ‘dragões’ viriam mesmo a alcançar o Benfica no ‘ranking’ absoluto de conquistas em janeiro de 2023, ao derrotar o então bicampeão em título Sporting, por 2-0, em Leiria, na final da 16.ª edição da Taça da Liga, passando a deter em simultâneo os quatro troféus nacionais até ao final de maio, quando o Benfica travou um ‘jejum’ de mais de três anos.
Nas provas nacionais, o FC Porto soma ainda quatro triunfos no extinto Campeonato de Portugal, prova antecessora da Taça de Portugal, que se realizou de 1921/22 a 1937/38.
Os ‘azuis e brancos’ são o clube português mais galardoado no futebol internacional, ao ostentarem sete cetros – Taça dos Campeões Europeus (1986/87), Liga dos Campeões (2003/04), Taça UEFA (2002/03), Liga Europa (2010/11), Taça Intercontinental (1987 e 2004) e Supertaça Europeia (1987/88) -, contra dois dos ‘encarnados’ e um dos ‘leões’.
FC Porto e Benfica estão agora empatados na liderança do somatório global de troféus, que os ‘dragões’ já tinham comandado anteriormente, chegando a ter quatro de avanço sobre as ‘águias’ (74-69) após a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, em 2013.
O clube da Luz reassumiria a dianteira (81-74) com um parcial de 12-0 nos quatro anos posteriores, que se saldaram na concretização de um inédito ‘tetracampeonato’, ladeado por outras três edições da Supertaça, três da Taça da Liga e duas da Taça de Portugal.
O FC Porto voltou a festejar em 2017/18, evitando logo na primeira das seis temporadas sob orientação de Sérgio Conceição o ‘penta’ ao Benfica, que reagiu com a ‘reconquista’ da I Liga em 2018/19, numa época em os ‘dragões’ se ficaram pelo triunfo na Supertaça.
As ‘águias’ também venceram essa decisão tradicionalmente disputada entre o campeão nacional e o vencedor da Taça de Portugal no verão de 2019, antes de partirem para um largo período em ‘branco’, no qual o FC Porto comemorou duas ‘dobradinhas’ (2019/20 e 2021/22) e juntou outro êxito na prova ‘rainha’, dois na Supertaça e um na Taça da Liga.
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