“O meu ciclo na seleção já está, acabou, para alegria de muitos, de outros nem tanto. Já podem deixar de se preocupar se estou [na seleção] ou não. Que se preocupem com os que estão ou os que estão para vir, para bem da seleção. Quero desfrutar da minha família”, afirmou Higuaín, em entrevista ao canal Fox Sports Argentina.
O avançado, de 31 anos, que atua nos ingleses do Chelsea, por empréstimo da Juventus, não representava a Argentina desde o Mundial2018, tendo agora confessado que o selecionador Lionel Scaloni, que substituiu Jorge Sampaoli, contava com ele.
“O Lionel [Scaloni] escreveu-me e eu apresentei-lhe o meu ponto de vista. A decisão já está tomada e acredito que me vai fazer bem. Hoje em dia, há vários jogadores com passado, com vontade e alegria e desejo-lhes o melhor”, referiu.
Higuaín estreou-se pela seleção principal da Argentina em 2009, tendo contabilizado, desde então, 75 internacionalizações e 32 golos. De resto, nesta entrevista, rebateu as críticas de que a sua geração e ele próprio foram alvo.
“Penso que os golos nas qualificações também são importantes, mas dá-se-lhes menos valor. Fracassar não é atingir os objetivos, qualificar para Mundiais, perder três finais. Se isso é fracassar, então não sei” disse Higuaín.
De acordo com o avançado, “na Argentina, as pessoas dão destaque” aos golos falhados e não aos marcados.
“Os que me criticaram, certamente que festejaram o golo contra a Bélgica [no Mundial2014], que nos apurou para as meias-finais”, apontou.
Gonzalo Higuaín, que jogou no River Plate, Real Madrid, Nápoles, Juventus, AC Milan e, desde janeiro, no Chelsea, representou a Argentina em três edições do Campeonato do Mundo (2010, 2014 e 2018) e noutras três da Copa América (2011, 2015 e 2016).
Nesse período, a seleção argentina perdeu a final do Mundial2014, perante a Alemanha, antes de ser derrotada nas decisões da Copa América de 2015 e 2016, ambas no desempate por grandes penalidades, frente ao Chile.
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