A informação foi avançada na quarta-feira pelo jornal luxemburguês Tageblatt e confirmada à Lusa pela Procuradoria do Luxemburgo.
"Ele foi ouvido pelo juiz de instrução e constituído arguido no dia 16 de janeiro", tendo o juiz determinado a prisão preventiva nesse mesmo dia, disse à Lusa o porta-voz da Procuradoria, Henri Eippers.
O porta-voz recusou no entanto avançar as razões para a detenção preventiva, apontando apenas que se aplicam os motivos de ordem geral, que no Luxemburgo incluem perigo de fuga ou de perturbação do inquérito.
Segundo a Rádio Latina, emissora em português no Luxemburgo, que cita o advogado do jogador, Daniel da Mota é suspeito de se ter “aproveitado da debilidade de uma idosa", de quem terá recebido "quantias avultadas de dinheiro, através de transferências bancárias, durante os últimos três anos”.
De acordo com o advogado do jogador, citado pela Rádio Latina, o caso terá sido denunciado pelo banco onde o jogador tem conta.
O Código Penal luxemburguês pune o crime de "abuso de fraqueza", previsto no artigo 493, com "pena de prisão de três meses a três anos e multa de 251 a 50.000 euros".
O crime é definido como "o abuso fraudulento do estado de ignorância ou da situação de fraqueza, quer de um menor, quer de uma pessoa cuja particular vulnerabilidade, por causa da sua idade, doença ou enfermidade, deficiência física ou psíquica, é aparente ou conhecida do seu autor", de forma "a conduzir" a vítima "a um ato gravemente prejudicial" para si mesma.
O futebolista, de 33 anos, foi candidato em outubro de 2018 às eleições legislativas pelo partido luxemburguês ADR, conhecido pelas posições contra os direitos dos estrangeiros.
Em 2012, o jogador nascido em Ettelbruck, filho de imigrantes de Celorico de Basto, marcou um golo contra a seleção nacional portuguesa que foi aplaudido pela maioria do público, incluindo os muitos imigrantes portugueses que assistiam ao jogo do Grão-Ducado contra a equipa liderada por Cristiano Ronaldo.
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