“Se querem ver um treinador em baixo ou abatido, não olhem para mim. Pelo contrário, estou muito entusiasmado e com vontade de vencer amanhã [terça-feira], fazendo um grande jogo”, disse Lopetegui, na antevisão do jogo entre Real Madrid e Viktoria Plzen, da terceira jornada da Liga dos Campeões.

Depois de mais uma derrota na Liga espanhola – em casa, com o Levante (2-1) - e do recorde negativo na história do clube de sete horas e 45 minutos sem conseguir marcar um golo, Julen Lopetegui fez questão de dizer que está tudo normal.

“Encaro tudo de uma forma normal. Vejo o dia a dia com a normalidade de sempre, tem que ser assim, e a única coisa sobre a qual temos controlo”, salientou o técnico, justificando que o ADN do Real Madrid é o de nunca baixar os braços.

A saída de Lopetegui, que no verão deixou a seleção espanhola antes do Mundial2018, depois de ser anunciado como substituto de Zidane no Real Madrid, tem vindo a ser noticiada pela comunicação social, mas o técnico desvalorizou.

“Não posso dizer mais do que o facto de estar aqui vestido à Real Madrid, este é o presente e se aqui estou é porque serei o treinador amanhã [terça-feira], não há nenhuma dúvida”, argumentou.

A dúvida mantém-se em relação à continuidade nos ‘merengues’ do antigo treinador do FC Porto, em especial em relação à sua continuidade no clube após o jogo da ‘Champions’ e da visita de domingo ao rival FC Barcelona.

“Não leio, nem oiço. O que faço é analisar o rival e a minha equipa, preparar o jogo [com o Plzen] com a máxima normalidade e ambição possível. Não olho para além desse cenário, porque é essa a minha responsabilidade como treinador”, acrescentou.

Na conferência marcou também presença Isco, com o jogador do Real Madrid a fazer uma defesa intransigente de Lopetegui.

“Seria uma loucura ‘descartar’ Lopetegui. Temos que trabalhar, temos dois meses. Se afastarem o treinador têm que nos afastar a todos, porque somos nós que estamos no campo, que marcamos golos e defendemos”, justificou o médio.

O internacional espanhol lembrou que tem seis épocas de Real Madrid, que já viveu momentos maus e que todos souberam dar a volta, manifestando-se crítico em relação às constantes referências a Cristiano Ronaldo, o antigo goleador e agora jogador da Juventus.

“Continuam a falar do Cristiano, mas não podemos falar de quem não está. Sinto falta do Carvajal ou do Bale quando não estão, mas não podemos olhar para soluções fora do clube, temos que olhar para o nosso balneário, não podemos chorar por quem não quis estar aqui”, referiu.

Com Lopetegui ‘debaixo de fogo’, no treino de hoje, Sergio Ramos teve um desentendimento com Sergio Reguilón, jogador da formação, num incidente em que teve que ser o croata Luka Modric a acalmar o capitão dos ‘merengues’.

O capitão ‘merengue’ já pediu desculpa, admitindo que não devia ter sido essa a sua reação –atirou bolas contra o lateral, depois de uma entrada mais dura -, mas Reguilón desvalorizou e escreveu: “Sempre com o meu capitão”.

O Real Madrid recebe os checos do Viktoria Plzen na terça-feira, num momento em que o grupo G da Liga dos Campeões é liderado pelo CSKA Moscovo (quatro pontos), seguido de Roma e da equipa madrilena (três), enquanto os checos têm um ponto.

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