“Neguemos a Putin [Presidente russo] a confirmação e a glória que tanto deseja, mantendo longe do mundial os representantes dos governos”, pediu o xadrezista, num artigo no jornal alemão “Frankfurter Allegemeine Zeitung”.

Segundo Kasparov, a Rússia ocupou a península ucraniana da Crimeia em março de 2014, depois de os Jogos Olímpicos de Inverno lhe terem dado asas, pelo que evitar o reforço da sua confiança no Mundial de futebol não seria apenas algo simbólico.

“É uma maneira de mostrar a Putin que o mundo está atento e que no futuro os ataques russos só serão tolerados no campo”, acrescentou o xadrezista, que defende um boicote político, não desportivo.

Após o envenenamento do ex-espião Serguei Skripal no Reino Unido, Londres informou que não haverá representação britânica, por parte da realeza, e o Governo da Islândia anunciou na semana passada que também não enviará representantes ao Mundial.

Por sua vez, o Presidente polaco, Andrzej Duda, avisou que não irá ao jogo inaugural, no dia 14 de junho, em Moscovo, que porá frente a frente a Rússia e a Arábia Saudita.