"Temos todo um investimento preparado até 2021, que estimamos em 26 milhões de euros", disse o vereador, especificando que o investimento se destina a "equipamentos, seja na beneficiação ou requalificação".

Como exemplo, o vereador falou no pavilhão da Ajuda, que "vai implicar uma parceria do Governo com a cidade no desenvolvimento daquela requalificação, que está estimada em cerca de meio milhão de euros", a realizar "durante o próximo ano".

"Duplicámos em 2016 o investimento nas instalações desportivas, num total de 504 mil euros", apontou.

Duarte Cordeiro falava numa conferência de imprensa que decorreu nos Paços do Concelho, inserida na visita do comité de avaliação 'European Capitals and Cities of Sport Federation' (ACES Europe), e que contou com a presença do presidente deste organismo, Gian Lupattelli, e do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo.

Apontando que "o desporto está no centro da agenda política", Cordeiro salientou que "podem contar com Lisboa para ser um parceiro de excelência no desenvolvimento desportivo", mostrando-se convicto de que Lisboa ganhará este título.

"Estamos a lutar pela vitória. Vai ser uma disputa difícil, Haia tem resultados muito interessantes, mas as finais são para ganhar", salientou.

Falando em números, o vice-presidente da autarquia elencou que "223 mil pessoas praticam regularmente atividade física desportiva nas instalações da cidade" e que a Câmara apoiou 89 clubes em 2015, valor que aumentou para 118 clubes no ano seguinte.

"Entre 2012 e 2017, a Câmara Municipal de Lisboa apoiou os clubes da cidade em 4,2 milhões de euros", acrescentou.

Na sua opinião, Lisboa "é uma referência a nível europeu para acolher grandes eventos internacionais", uma vez que a cidade recebeu entre 2012 e 2016 "309 grandes eventos desportivos".

Nos anos 2014 e 2015, isto representou um impacte "direto de 20 milhões de euros e um impacte indireto de 100 milhões de euros", segundo um estudo universitário encomendado pelo município, que o vice-presidente citou.

O vice-presidente e o secretário de Estado deixaram ainda uma palavra de apreço ao trabalho desenvolvido pelo anterior vereador do Desporto, Jorge Máximo, que liderou a maior parte do processo da candidatura, que teve início em meados de 2016.

Gian Lupattelli lembrou que a candidatura "começou com cinco capitais, e agora há duas finalistas", Haia (Holanda) e Lisboa, que considerou "duas cidades completamente diferentes".

"Para nós, enquanto comissão, o trabalho será muito difícil pela diferença", continuou o responsável, apontando que a capital portuguesa beneficia "do sol e do turismo, também turismo desporto", enquanto na capital holandesa "há claramente mais frio, mas cada cidadão tem no mínimo duas bicicletas".

Quanto à decisão, que será tornada pública no dia 06 de dezembro, em Bruxelas, o presidente da ACES Europe apontou uma tomada de decisão para este fim de semana.

"Penso que saberemos no sábado, quando teremos uma reunião final, e na segunda-feira a decisão será comunicada às duas cidades", afirmou.

Sobre Lisboa, o responsável salientou que "o trabalho do desporto para a saúde e bem-estar aqui faz-se muito seriamente".

Por seu turno, o secretário de Estado elencou que esta candidatura "é ganhadora" e que o título permitirá ser "um estímulo, uma força no caminho da generalização da prática desportiva e dos hábitos de vida saudáveis".