As primeiras duas provas, no Bahrain e na Arábia Saudita, serão excecionalmente disputadas ao sábado e não ao domingo, em virtude do Ramadão, o mês sagrado dos muçulmanos, e serão as primeiras de um calendário com 24, que termina apenas em 08 de dezembro, em Abu Dhabi, o mais longo de sempre.
Os testes de inverno mostraram que, descontando o tricampeão Max Verstappen, os restantes pilotos da frente mantêm um equilíbrio notável, com destaque para a evolução técnica da Ferrari, mas também da Mercedes, que abandonou o conceito aerodinâmico seguido nas duas temporadas anteriores e apostou no mesmo esquema de pontões laterais largos implementado pela Red Bull.
A marca austríaca parece ser, mesmo, a grande inspiração das restantes, ainda que a evolução apresentada este ano aos desenhos do projetista Adrian Newey mostrem que continua um passo à frente dos rivais.
No entanto, o domínio da escuderia da marca das bebidas energéticas está ensombrado por uma investigação interna ao alegado comportamento impróprio do diretor da equipa, o britânico Christian Horner, cujo resultado deverá ser conhecido nos próximos dias.
A possibilidade de despedimento daquele que tem sido o líder da equipa desde a sua entrada no Mundial, em 2005, tem sido avançada pela imprensa holandesa, no que seria um rude golpe na competitividade da Red Bull.
Em 2023, Max Verstappen dominou por completo, ao vencer 19 das 22 corridas disputadas, novo recorde na disciplina. ‘Mad’ Max permitiu apenas que o espanhol Carlos Sainz (Ferrari) vencesse em Singapura e o mexicano Sérgio Pérez, seu companheiro na Red Bull, na Arábia Saudita e no Azerbaijão.
Este foi apenas um dos máximos estabelecidos pelo piloto neerlandês, que também garantiu um novo registo histórico de 10 vitórias consecutivas e 575 pontos alcançados (mais 121 do que na época anterior e mais do dobro do que os 285 de Pérez, segundo classificado no campeonato).
Caso consiga o quarto título consecutivo, Max Verstappen iguala o feito do alemão Sebastian Vettel, que conquistou os títulos de 2010, 2011, 2012 e 2013 com a Red Bull, e do francês Alain Prost (campeão em 1985, 1986, 1989 e 1993). À sua frente ficarão, apenas, o argentino Juan Manuel Fangio (1951, 1954, 1955, 1956 e 1957), que tem cinco, e o alemão Michael Schumacher (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004) e o britânico Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020), que têm sete coroas.
Hamilton e ‘Schumi’ são, também, os únicos com mais vitórias em corridas do que o piloto neerlandês da Red Bull. Hamilton soma 103 e o alemão 91, contra as 54 de Verstappen.
Ao lado do campeão alinha Sérgio Pérez, que entra no último ano de contrato e terá de fazer melhor do que em 2023 para manter a confiança dos responsáveis da equipa. Melhor significa, pelo menos, não perder tantos pontos para o chefe de fila, já que pilota um carro idêntico.
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