Oliveira efetuou 55 voltas ao traçado de Sepang, terminando o dia a 0,8 segundos do mais rápido, o francês Fabio Quartararo (Yamaha), que bateu o espanhol Marc Márquez (Ducati) por 51 centésimos, com o também espanhol Alex Márquez (Ducati) em terceiro, a 183 centésimos.

O campeão Jorge Martin, que este ano se mudou da Ducati para a Aprilia, caiu por duas vezes. No segundo acidente foi cuspido da mota e, ao aterrar, sofreu múltiplas fraturas na mão direita e no pé esquerdo.

Martín, de 27 anos, que conquistou em 2024 o primeiro título no campeonato do Mundo de velocidade de motociclismo, perdeu o controlo da Aprilia e foi projetado da moto, embatendo com violência no asfalto, ao ponto de a viseira do capacete ter saltado.

O piloto espanhol foi transportado para o centro médico do circuito malaio e, posteriormente, para o hospital, onde foram diagnosticadas “fraturas do quinto metacarpo da mão direita e do terceiro, quarto e quinto metatarsos do pé esquerdo”, segundo informou a equipa.

O campeão mundial da categoria rainha do motociclismo, que tinha sofrido uma queda pouco antes, mas sem consequências físicas, vai permanecer hospitalizado até quinta-feira, regressando depois à Europa para ser operado à mão direita e pé esquerdo.

Martín vai falhar a segunda sessão de testes de pré-temporada, que se realiza na próxima semana, na Tailândia, e poderá não estar totalmente recuperado a tempo do primeiro Grande Prémio do Mundial de 2025, em 2 de março, naquele país asiático.

De baixa fica, ainda, o espanhol Raul Fernandez (Aprilia), que foi companheiro de equipa de Miguel Oliveira na Trackhouse nas duas últimas temporadas.

O piloto espanhol sofreu fraturas na mão esquerda e no pé esquerdo. Viajará de regresso a Espanha, onde será operado à mão em Barcelona.

Também o italiano Fabio DiGiannanttonio (Ducati) caiu na curva cinco, fraturando a clavícula esquerda.

Segundo adiantou fonte da equipa VR46, de Valentino Rossi, à agência Lusa, o italiano voará esta noite de regresso a Itália, onde será operado.

Caíram ainda o espanhol Pedro Acosta (KTM), o japonês Ai Ogura (Aprilia) e o italiano Franco Morbidelli (Ducati), mas sem consequências.

Quanto a Miguel Oliveira, o piloto luso esteve num treino de adaptação à Yamaha, de acordo com a equipa Pramac, à qual chegou este ano.

A equipa sublinhou, em comunicado, que o piloto natural de Almada se concentrou em conhecer e perceber a mota em vez de testar já os limites.

“Foi um dia sólido. Terminámos satisfeitos com o trabalho feito e ansiosos por estreitar esta relação que acabámos de começar”, disse o piloto de 30 anos, citado pela assessoria de imprensa da Pramac.

Oliveira sublinhou que ainda se está “a adaptar à mota, tal como parte dos elementos da equipa”, ao mesmo tempo que se vai entrosando com os técnicos.

”Há um bom ambiente na boxe. Todos dão o seu melhor para melhorar. Sabemos que podemos fazer melhor e sou o primeiro a admitir que ainda preciso de desbloquear o potencial completo da mota. Sabemos que está lá e estas primeiras voltas só nos deixam mais motivados”, concluiu Miguel Oliveira.

Quinta-feira disputa-se o segundo dos três dias esta primeira bateria de testes de pré-temporada.